Parte 5
Embora a sala seguinte fosse uma sala extra, era
praticamente um armazém.
A sala seguinte era outra sala de aula.
A que tinha sido usada mais recentemente como uma sala
de aula era a antiga sala dos professores. Dentro, haviam 18 pequenas mesas,
todas alinhadas.
- Então,
haviam 18 alunos.
- Segundo as informações do chefe da aldeia, porque 14
dos 18 alunos se afastaram de uma vez devido à construção do reservatório, que
resultou no encerramento das operações da escola.
- Será que foi realmente assim?
Eu olhei em volta para as mesas na sala de aula, em
seguida, rapidamente verifiquei embaixo das carteiras.
- Ne, tem coisas aqui ainda.
John e Ayako também se aproximaram para olhar as
carteiras.
- Hm, aqui
também.
- Do meu lado
também.
Arranjando um
pouco de coragem, peguei as coisas dentro da mesa. Haviam livros antigos que estavam um pouco bolorentos, suas páginas
praticamente coladas.
Olhando em volta, novamente, praticamente todas as 18
mesas tinha uma coisa ou outra dentro.
- A escola claramente parou de funcionar, porque essas
coisas foram deixadas?
Eu sabia de
uma coisa agora: Quase nada do que o chefe da
aldeia ou o seu auxiliar disse poderia ser acreditada.
- Eles realmente foram deixados para trás, é
como se todos tivessem morrido de repente.
No quadro
negro "18 de maio, quarta-feira” foi escrito em letras grandes. Embaixo
estava escrito: "de serviço" e "Ai Takeuchi”.
- Parece que a
data que a escola parou de funcionar foi em maio.
- Sim ...
A data em que
parou foi 18 de maio.
A parede do
fundo da sala de aula exibia peças de prática de caligrafia e arte. Estava tudo
sujo de poeira e um pouco de bolor, isso me dava uma sensação extremamente
dolorosa.
Na mesa do
professor haviam livros e papéis e estava tudo coberto de pó. No centro da mesa estavam dois cadernos.
- É o registro
de classe.
Quando ouviram
as minhas palavras, todos se reuniram em volta de mim.
Embora pudesse
ser aberto, devido as numerosas manchas não podia ser lido. Mas poderíamos dizer que dos 18 alunos, nem um único
estava ausente. Na última página, 'Maio' foi escrito, mas o dia, os presentes
ou ausentes deixaram de aparecer não dava pra saber.
- É o 18. -
John disse, olhando para o quadro-negro.
- Isso não é
certeza. Pode ser que o estudante de plantão naquele dia havia escrito a data
do dia seguinte ao final do dia.
- Então nesse
caso poderia ser o 17.
- Sim, o dia
18 foi uma quarta-feira, pois pelo que está marcado o dia 15 foi um domingo.
Olhando a partir do local onde a marca presente /
ausente parou, contando novamente com base no número de dias em uma semana, as
marcas tinham parado no dia 16.
- Ah ne, é somente no 16.
- Então é
isso.
Ayako olhou
para o teto e falou,
- Depois de
fazer a chamada no dia 16, algo aconteceu. Material
escolar e os animais foram deixados para trás, é como se a escola tivesse sido
subitamente abandonada.
- Sim... Há também um diário aqui.
- Que
nostálgico.
- Ah ... não
pode ser lido também?
- É...
Como esperado,
estava mofado também. Mas pelo menos podia ser
aberto, e não estava completamente ilegível. A última página podia ser
lida claramente.
- 16 de maio,
segunda-feira. Estudante de plantão: Ayumi
Michiyama
- Como esperado, o 16 foi o último dia.
- Nós
finalmente estamos indo em uma viagem.
- Então é
assim que foi... - Ayako estalou os dedos.
- O 17 foi o dia da viagem e eles iam se reunir fora da
escola. Porque eles não entrariam na escola, a escala de serviço para o
18 foi escrito primeiro.
- Depois
aconteceu alguma coisa na viagem?
- Parece que
sim... Olhe aqui. - A unha de cor coral da Ayako apontou o diário.
- Diz aqui que
houve uma discussão sobre a disposição dos assentos no ônibus.
- Eles pegaram
o ônibus para uma viagem...
Poderia ser ... Não deveria, né ...
- Será que
este ônibus sofreu um acidente?
Uma possibilidade que surgiu foi que o acidente
aconteceu com o ônibus em que os alunos estavam, portanto, muitos dos alunos
morreram. Poderiam ter morrido todos os 18? É por isso que esta escola,
havia perdido todos os seus alunos e parou de funcionar?
- Foi
realmente assim...? - John disse dolorosamente,
olhando ao redor da sala de aula.
Em contraste,
a voz do chefe era incomparavelmente fria.
- Mesmo se
fosse assim, por que deixariam todos esses materiais...?
Eu inclinei a
cabeça pensativa.
- De fato.
Falando nisso, se essas coisas pertenciam aos mortos, a família gostaria de
guardá-los.
- Primeiro, não é possível que tenham deixado os animais
sozinhos, mesmo que todos morreram. - Ayako que falou e eu só conseguia
acenar em concordância.
- A escola
deixou de operar por causa de um acidente infeliz, apesar disso ser
compreensível, não é só isso... Deve ainda haver algo mais.
Se fosse só os
espíritos das crianças que apareceram, o chefe da aldeia e os outros não
poderiam esconder.
- Será que era
verdade? - Ayako perguntou de repente.
- O quê?
- Que uma vila
de férias será construída próxima a esse local. Basta
olhar para esta escola, eu não acho que este lugar tem as condições geográficas
necessárias para construir um centro de férias.
- As palavras que as raposas falam não são
confiáveis.
- É... de
fato. Se for esse o caso, então porque é que o próprio chefe da aldeia, veio
fazer um pedido? Poderia ser explicado se
existissem instalações para um centro de férias perto deste lugar? Mas se esse
plano não existe, então simplesmente porque existem alguns espíritos que
apareceram aqui, eles pedem para médiuns que estão apenas viajando nas
proximidades para investigarem - há realmente esta necessidade?
- Poderia ser porque - há outros – que como
nós, puderam entrar, mas não conseguiram sair?
- Se for esse
o caso, então não seria mais rápido bloquear as entradas e saídas?
- É
realmente...
Neste momento, ouvimos um barulho misturado ao som da
chuva.
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