Parte 3
O prédio da escola era formado por um bloco alongado
de norte a sul, no lado oeste havia uma longa fila de salas de aula, no leste
havia o campo, com um longo e estreito canteiro de flores rodeado por uma
cerca. No norte, tinha uma porta e no sul o corredor da escola entrava no
edifício em forma de 'L'.
Havia um total de 6 microfones apontados para as
janelas do primeiro andar. Posicionamos as câmeras de vídeo na entrada
da sala de espera e no interior do salão principal. Também colocamos uma no corredor que liga o salão principal a sala de
espera.
- Então era por isso: quando a investigação estava em
minha escola, o carro estava estacionado na parte de trás por causa disso. -
olhei para o equipamento e murmurei para mim.
Um caminho de
concreto ligava a entrada e o prédio da escola, telhas cobriam o local (mas
havia furos por toda parte). Passando pelo corredor
até a entrada da sala, havia três degraus de concretos.A porta do salão de cima estava aberta, do outro lado da porta
estava um salão vazio; onde nós também colocamos uma câmera de vídeo voltada
para dentro. Em ambos os lados colocamos câmeras
e dispositivos de monitoramento. Os fios dos microfones e as câmeras de
vídeo foram esticados uma longa distância. Apesar de os cabos que usamos para
nossas investigações serem muito longos, ainda assim havia um limite. Os dispositivos de gravação tiveram que ficar próximos
dos microfones, por isso eles foram colocados em duas posições.
Normalmente,
teríamos criado a nossa base em uma sala, onde colocaríamos o equipamento, mas
como dessa vez não tínhamos uma sala disponível, críamos uma pequena base no
corredor mesmo.
Como a energia
estava desligada, a nossa fonte de alimentação estava ligada na linha de
energia de um comerciante. Há muitas inconveniências em investigar esse tipo de
edifício abandonado.
- Mai, a fita.
Ouvindo Naru
me chamar, eu rapidamente peguei a fita e corri. Recentemente estivemos usando
fitas cassetes e gravadores para gravar o som.
- Você
descobriu alguma coisa?
- Eu ainda não
tenho certeza, no primeiro dia apenas monitoramos temporariamente a situação, sem
muitas expectativas.
- ... - Yasuhara olhou rapidamente ao redor - Existe realmente
alguma coisa aqui?
- Eu não sei,
a situação deve se esclarecer quando investigarmos um pouco, em qualquer caso,
parece que vocês estão com tempo livre agora, vá preparar mais equipamentos.
Tempo livre? Isso não é trabalho forçado?
Oh, bem, eu
suspirei e pensei, Naru sente-se aborrecido porque ele está esperando que o
corpo de seu irmão seja dragado.
Mas por que
ele é tão indiferente, como se nada tivesse acontecido. Como esperado, a estrutura da mente de Naru é diferente da nossa.
Naru falou no microfone comunicação:
- Lin, já
concluímos os preparativos do meu lado, como está indo do seu lado?
- Ok,
preparando para iniciar a gravação.
- Entendido. -
Quando ele terminou Naru olhou para nós, - Se existe alguma coisa então será
gravado - em circunstâncias normais, é o que acontece.
Com isso, seus
olhos negros voltaram para outra direção.
- Mas não podemos dizer que não existe nada só porque
não gravamos nada.
Eh??
Eu me senti um
pouco confusa; Yasuhara acenou concordando:
-
Independentemente do que pensamos, não parece que o pedido direto e respeitoso
do chefe da aldeia era por nada.
- Eu concordo.
Inclinei a
cabeça pensativa:
- O que você
quer dizer?
- Depois, eu
perguntei a mulher do acampamento e ela disse não ter ouvido boatos de
fantasmas.
- Sim, os
outros trabalhadores também disseram a mesma coisa.
- Mas... - a
expressão Yasuhara também apresentava ligeira incompreensão. - Mas, se
realmente não houve rumores, por que eles vieram nos fazer um pedido de
investigação? Ontem, o assistente do chefe da
aldeia parecia estar constantemente agitado.
Ouvindo a análise Yasuhara, Naru assentiu.
- Você quer
ser um detetive, Yasuhara?
- Sim, e
coletar informações está me ajudando, certo?
Naru sorriu
levemente e assentiu. Neste momento,
- Ne, vocês
querem fazer uma pausa? - Ayako disse.
Olhando para o
meu relógio, já tinha passado das 10. O vento também aumentou, poderia haver um
tufão, que era um vento úmido desconfortável.
- Vou
verificar as câmeras de vídeo novamente.
Se elas foram derrubadas pelo vento, não seríamos
capazes de recolher quaisquer dados.
- Ah, eu
também vou.
- Depressa! –
disse Naru
Ta, tá, e você não vai?
Yasuhara
correu para o pátio e verificou as pedras que seguravam o apoio das câmeras.
Pegamos mais pedras para segurar os lugares instáveis.
- Isso! Desse
jeito não deve cair.
....
Ouvi um som -
vagamente presente, que veio de um lugar perto mas ainda muito longe.
- ?
Olhei em torno
de nós, não havia ninguém.
- Que foi? –
perguntou Yasuhara.
- Você ouviu
alguma coisa agora?
- Não...?
Ah ne? Eu estava tendo alucinações? - Ou foi
o som do vento?
.....
Ouvi de novo.
- Ne,
Yasuhara, você ouviu alguma coisa agora?
Yasuhara
estava com uma expressão de pesar.
- Parecia a
voz de uma pessoa...
- O que foi
isso ...?
Yasuhara
delicadamente varreu a sujeira e se levantou.
- Vamos lá...
estou com um mau pressentimento.
- Sim... vamos
lá.
Voltamos às
pressas. Atrás de nós, os ramos rangiam e
gemiam.
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