Parte 4
Assim, no final todos
nós ficamos.
Os 3 homens e 3
mulheres alugaram, cada grupo, uma pequena cabana de madeira. Era claramente
alta temporada, mas havia poucos campistas. Este lugar era tão rural, que não
poderia ser diferente ter tão poucas pessoas.
- Nós temos que fazer
nosso próprio jantar? Vocês sabem cozinhar? - parada na frente da cozinha,
Ayako respirou fundo.
- Se for macarrão
Udon simples ou algo assim, então eu sei como cozinhar.
Quando eu terminei de
falar, Masako imediatamente fez uma cara de desgosto.
- Eu... eu realmente
não sei...
Não havia porque
perguntar, bastava olhar para a expressão dela que dava para dizer que ela
definitivamente não sabe cozinhar.
O quarto pequeno de 6
tatamis* era de madeira e tinha uma cozinha anexa. Não era muito diferente do
meu apartamento em Tóquio, mas, parecia haver um enorme terraço, onde
poderíamos comer, havia uma mesa composta por um tora redonda e bancos feitos
de madeira.
- Eu não sei se os
homens podem cozinhar ou não.
- Também não sei. Eu
não sei como Naru e Lin estão fazendo.
- Ok, nós temos que
sair para comprar algumas coisas, vamos deixar que aquele estúpido Bou-san vá,
eu vou fazer uma lista.
- Certo.
Ayako realmente gosta
de cuidar de pessoas, não é à toa que ela é a mãe.
Como uma criança
obrigada a fazer uma tarefa, eu peguei a lista que Ayako tinha escrito e corri
para o barraco de madeira vizinho.
Eu bati enquanto
abria a porta da cozinha.
- Naru decidiu
fazê-lo assim!
?
A voz do Bou-san
passou perto do meu ouvido.
- Isso é...
As janelas da cozinha
e sala de tatami seis empresas estavam fechadas, mas eu ainda podia ver a
silhueta das pessoas. Uma sombra se moveu, e abriu a janela imediatamente.
- Então é a Mai!
- Sim, a Ayako mandou
comprar algumas coisas.
- Certo, certo. Eu
estou indo.
De acordo com os
resultados da minha investigação, os únicos que dizem que pode cozinhar são
mamãe Ayako e papai Bou-san.
Ao mesmo tempo, eu
bravamente tentei investigar Naru e Lin-san.
Quando cheguei à
pequena cabana de madeira, dessa vez eu bati corretamente. Foi Naru que abriu a
porta, quando viu a minha cara ele logo mostrou o seu desagrado.
Você não precisa ser tão óbvio em sua antipatia
por mim, não é?
- É que... a Ayako
quer saber como vocês pretendem lidar com as suas refeições. Ayako disse que
vai cozinhar, querem se juntar a nós?
- Faça como quiser,
você não precisa se preocupar conosco.
- Certo, certo, eu
sei.
Eu suspirei.
Realmente, como pode este homem - no meio dos meus resmungos –
- Faremos isso, desculpe
incomodá-lo!
Depois de passar pela
floresta de pinheiros e marchando cansada para o estacionamento, achei Bou-san
e John que estavam esperando.
- Naru respondeu? -
Bou-san perguntou. Eu respondi desanimada:
- Ele disse para não
nos preocuparmos com ele.
- Sim...
A mão grande de
Bou-san gentilmente me afagou, inconscientemente, eu baixei a cabeça.
- É que...
- Sim?
- Masako disse que
poderíamos nunca mais ver Naru.
Bou-san fez uma
careta.
- É assim?
- Se o escritório
fechar, talvez eu realmente nunca o encontre novamente.
Bou-san ficou calado
por um tempo.
- Ei, então não se
esqueça disso.
- O quê?
- Não há banquetes
sob os céus que não se dispersem. (nota do tradutor: todas as coisas boas
chegam ao fim.)
Suspirei baixinho.
- Sim.
Eu não sei onde é sua
casa, eu nem sei seu número de telefone.
Se a empresa fechar,
nós nunca nos encontraremos novamente. Eu acho que Naru não tomará a iniciativa
de me procurar. Porque, mesmo até agora, ele nunca iria ligar para qualquer
coisa não relacionada ao trabalho.
- Talvez Naru e eu
somos completos estranhos.
Hu.. com um tapinha
gentil na minha cabeça, de repente eu percebi o quanto isso era importante.
- Pensando sobre
isso, eu também não sei o endereço do Bou-san e do John.
Só nos encontramos no
escritório, e estamos juntos apenas durante as nossas investigações, o que cada
um de nós faz no resto do nosso tempo, eu não sei. Embora tenhamos visitado a
casa da Ayako uma vez, foi uma única visita durante uma investigação, e ela
disse que não era permitido uma segunda visita.
- Nós não nos
encontraremos novamente fora do lugar de trabalho.
Eu nunca recebi um
telefonema em casa, eu nem sei os números dos telefones deles.
Se o escritório
fechar, a probabilidade de que todos nunca se encontrem novamente é muito
grande.
Até hoje, todo mundo
tem cuidado de mim, nós trabalhamos e tivemos várias experiências juntos. Se eu
fosse perguntar a todos se somos amigos, eu não posso dizer com certeza que a
resposta seria sim.
É devido ao trabalho
que eu conheci esse grupo de colegas, não temos outras formas de interação.
Deve ser porque todo mundo sente que é ideal como está, eu também nunca
perguntei sobre a vida privada dos outros, nem falei sobre a minha própria.
Provavelmente, todos nós somos assim. Por isso, ao pensar com cuidado sobre
isso, somos todos chocantemente ignorantes sobre a vida uns dos outros.
Por isso que apesar
de tentar desesperadamente aproximar-me aos outros, neste momento, eu não acho
que podemos nos tornar amigos. Todos são adultos, mais velhos que eu, eles
devem ter uma vida adequada para adultos e relacionamentos pessoais, não podem
ficar felizes brincado com uma aluna do ensino médio. Mencionando estudante do
ensino médio, apesar da Masako também ser uma estudante, ela tem um bom
trabalho.
- Mai!
Quando John abriu a
boca, a voz da Ayako interrompeu:
- Ei pessoal! Até
quando vocês vão ficar perdendo tempo?
Virando a cabeça,
Ayako estava fazendo uma careta na entrada do estacionamento.
- As lojas da pequena
aldeia vão fechar cedo, apressem-se e vá!
- Sim!
- Também compre caldo
de carne!
- Sim, sim, sim!
- Responda
corretamente!
Ah - ela é muito
prolixa.
- Sim, senhora!
Mães sempre serão
mães.
Naru e Lin-san,
aparentemente, decidiram nos ignorar completamente. Talvez não existiamos em
seus olhos.
Quando o jantar
estava pronto e eu perguntei se queriam comer, só friamente responderam
negativamente. Sem opções, só podíamos nos alimentar.
Eu não sabia porque
Naru quis ficar aqui, então eu também não sabia por que nos quisemos ficar
aqui. É como perseguir injustificadamente movimentos de outras pessoas.
Depois de termos um
jantar mais cedo, os homens voltaram para sua pequena cabana de madeira.
Enquanto estávamos na fila para o banho, corri para o terraço. Já estava escuro
lá fora, a brisa da floresta era capaz de fazer uma pessoa se sentir feliz.
Quando eu estava
distraída, o rosto da Masko apareceu.
- Se ficar bobeando
aqui, você vai se tornar alimento para os mosquitos no mato!
- Está tudo bem, eu
pulverizei repelente de insetos.
- Será que você
pulverizou o suficiente?
- Está tudo bem
assim; os mosquitos gostam dos de sangue vigoroso.
- Sinto muito que o
meu sangue seja muito vigoroso!
- Eu não disse que
isso não é bom. É bom ser querido pelos mosquitos no mato.
- Eu nunca vi o
benefício disso!
Masako começou a rir
secretamente.
- Ei, Masako!
Olhei para o roupão
vestido por Masako.
- Por que eu nunca o
encontrarei novamente?
- Uma impressão...
- Mentirosa!
Eu insisti. Masako,
de repente falou sério.
- Eu não posso dizer
o verdadeiro motivo.
- É o que você sabe
relacionado a fraqueza de Naru?
- Eu não posso dizer!
- Sua bruxa
mesquinha.
Masako suspirou
suavemente.
- Eu acho que
provavelmente eu sei tudo o que você quer saber.
Eu rapidamente olhei
para Masako.
- Mas, eu ainda não
posso dizer. Porque eu tenho um acordo com Lin-san e Naru.
- Por que só você
sabe?
- Eu só descobri por
acaso.
Inclinei a cabeça,
pensando.
- Ei, quando nós nos
conhecemos você tinha dito isso antes.
- Oi?
- Você disse que
conheceu Naru antes em algum lugar.
- Eu disse algo
assim?
- Você disse, é isso?
Você e Naru se encontraram antes em algum lugar do passado.
Masako pensou por um
momento.
- Não deve ter sido
esse o significado.
Ai, está tão claro
como a lama.
- Naru tem sempre
procurado por este lugar...
A voz do Naru passou
pela minha mente: “Finalmente... eu finalmente encontrei...”
- O escritório, tudo
foi apenas para achar este lugar. Por isso, é possível que nunca mais o
encontremos.
- Eu?
Masako respondeu com
uma única frase:
- Não apenas você, eu
também.
* No Japão,
geralmente, o tamanho do quarto é medido pelo número de tatames. O tamanho
tradicional de um tatame é 90cm por 180cm
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