quinta-feira, 17 de maio de 2012

Volume 7 - Capítulo 1 - Parte 4


Parte 4

Assim, no final todos nós ficamos.
Os 3 homens e 3 mulheres alugaram, cada grupo, uma pequena cabana de madeira. Era claramente alta temporada, mas havia poucos campistas. Este lugar era tão rural, que não poderia ser diferente ter tão poucas pessoas.
- Nós temos que fazer nosso próprio jantar? Vocês sabem cozinhar? - parada na frente da cozinha, Ayako respirou fundo.
- Se for macarrão Udon simples ou algo assim, então eu sei como cozinhar.
Quando eu terminei de falar, Masako imediatamente fez uma cara de desgosto.
- Eu... eu realmente não sei...
Não havia porque perguntar, bastava olhar para a expressão dela que dava para dizer que ela definitivamente não sabe cozinhar.
O quarto pequeno de 6 tatamis* era de madeira e tinha uma cozinha anexa. Não era muito diferente do meu apartamento em Tóquio, mas, parecia haver um enorme terraço, onde poderíamos comer, havia uma mesa composta por um tora redonda e bancos feitos de madeira.
- Eu não sei se os homens podem cozinhar ou não.
- Também não sei. Eu não sei como Naru e Lin estão fazendo.
- Ok, nós temos que sair para comprar algumas coisas, vamos deixar que aquele estúpido Bou-san vá, eu vou fazer uma lista.
- Certo.
Ayako realmente gosta de cuidar de pessoas, não é à toa que ela é a mãe.
Como uma criança obrigada a fazer uma tarefa, eu peguei a lista que Ayako tinha escrito e corri para o barraco de madeira vizinho.
Eu bati enquanto abria a porta da cozinha.
- Naru decidiu fazê-lo assim!
?
A voz do Bou-san passou perto do meu ouvido.
- Isso é...
As janelas da cozinha e sala de tatami seis empresas estavam fechadas, mas eu ainda podia ver a silhueta das pessoas. Uma sombra se moveu, e abriu a janela imediatamente.
- Então é a Mai!
- Sim, a Ayako mandou comprar algumas coisas.
- Certo, certo. Eu estou indo.
De acordo com os resultados da minha investigação, os únicos que dizem que pode cozinhar são mamãe Ayako e papai Bou-san.
Ao mesmo tempo, eu bravamente tentei investigar Naru e Lin-san.
Quando cheguei à pequena cabana de madeira, dessa vez eu bati corretamente. Foi Naru que abriu a porta, quando viu a minha cara ele logo mostrou o seu desagrado.
Você não precisa ser tão óbvio em sua antipatia por mim, não é?
- É que... a Ayako quer saber como vocês pretendem lidar com as suas refeições. Ayako disse que vai cozinhar, querem se juntar a nós?
- Faça como quiser, você não precisa se preocupar conosco.
- Certo, certo, eu sei.
Eu suspirei. Realmente, como pode este homem - no meio dos meus resmungos –
- Faremos isso, desculpe incomodá-lo!
Depois de passar pela floresta de pinheiros e marchando cansada para o estacionamento, achei Bou-san e John que estavam esperando.
- Naru respondeu? - Bou-san perguntou. Eu respondi desanimada:
- Ele disse para não nos preocuparmos com ele.
- Sim...
A mão grande de Bou-san gentilmente me afagou, inconscientemente, eu baixei a cabeça.
- É que...
- Sim?
- Masako disse que poderíamos nunca mais ver Naru.
Bou-san fez uma careta.
- É assim?
- Se o escritório fechar, talvez eu realmente nunca o encontre novamente.
Bou-san ficou calado por um tempo.
- Ei, então não se esqueça disso.
- O quê?
- Não há banquetes sob os céus que não se dispersem. (nota do tradutor: todas as coisas boas chegam ao fim.)
Suspirei baixinho.
- Sim.
Eu não sei onde é sua casa, eu nem sei seu número de telefone.
Se a empresa fechar, nós nunca nos encontraremos novamente. Eu acho que Naru não tomará a iniciativa de me procurar. Porque, mesmo até agora, ele nunca iria ligar para qualquer coisa não relacionada ao trabalho.
- Talvez Naru e eu somos completos estranhos.
Hu.. com um tapinha gentil na minha cabeça, de repente eu percebi o quanto isso era importante.
- Pensando sobre isso, eu também não sei o endereço do Bou-san e do John.
Só nos encontramos no escritório, e estamos juntos apenas durante as nossas investigações, o que cada um de nós faz no resto do nosso tempo, eu não sei. Embora tenhamos visitado a casa da Ayako uma vez, foi uma única visita durante uma investigação, e ela disse que não era permitido uma segunda visita.
- Nós não nos encontraremos novamente fora do lugar de trabalho.
Eu nunca recebi um telefonema em casa, eu nem sei os números dos telefones deles.
Se o escritório fechar, a probabilidade de que todos nunca se encontrem novamente é muito grande.
Até hoje, todo mundo tem cuidado de mim, nós trabalhamos e tivemos várias experiências juntos. Se eu fosse perguntar a todos se somos amigos, eu não posso dizer com certeza que a resposta seria sim.
É devido ao trabalho que eu conheci esse grupo de colegas, não temos outras formas de interação. Deve ser porque todo mundo sente que é ideal como está, eu também nunca perguntei sobre a vida privada dos outros, nem falei sobre a minha própria. Provavelmente, todos nós somos assim. Por isso, ao pensar com cuidado sobre isso, somos todos chocantemente ignorantes sobre a vida uns dos outros.
Por isso que apesar de tentar desesperadamente aproximar-me aos outros, neste momento, eu não acho que podemos nos tornar amigos. Todos são adultos, mais velhos que eu, eles devem ter uma vida adequada para adultos e relacionamentos pessoais, não podem ficar felizes brincado com uma aluna do ensino médio. Mencionando estudante do ensino médio, apesar da Masako também ser uma estudante, ela tem um bom trabalho.
- Mai!
Quando John abriu a boca, a voz da Ayako interrompeu:
- Ei pessoal! Até quando vocês vão ficar perdendo tempo?
Virando a cabeça, Ayako estava fazendo uma careta na entrada do estacionamento.
- As lojas da pequena aldeia vão fechar cedo, apressem-se e vá!
- Sim!
- Também compre caldo de carne!
- Sim, sim, sim!
- Responda corretamente!
Ah - ela é muito prolixa.
- Sim, senhora!
Mães sempre serão mães.
Naru e Lin-san, aparentemente, decidiram nos ignorar completamente. Talvez não existiamos em seus olhos.
Quando o jantar estava pronto e eu perguntei se queriam comer, só friamente responderam negativamente. Sem opções, só podíamos nos alimentar.
Eu não sabia porque Naru quis ficar aqui, então eu também não sabia por que nos quisemos ficar aqui. É como perseguir injustificadamente movimentos de outras pessoas.
Depois de termos um jantar mais cedo, os homens voltaram para sua pequena cabana de madeira. Enquanto estávamos na fila para o banho, corri para o terraço. Já estava escuro lá fora, a brisa da floresta era capaz de fazer uma pessoa se sentir feliz.
Quando eu estava distraída, o rosto da Masko apareceu.
- Se ficar bobeando aqui, você vai se tornar alimento para os mosquitos no mato!
- Está tudo bem, eu pulverizei repelente de insetos.
- Será que você pulverizou o suficiente?
- Está tudo bem assim; os mosquitos gostam dos de sangue vigoroso.
- Sinto muito que o meu sangue seja muito vigoroso!
- Eu não disse que isso não é bom. É bom ser querido pelos mosquitos no mato.
- Eu nunca vi o benefício disso!
Masako começou a rir secretamente.
- Ei, Masako!
Olhei para o roupão vestido por Masako.
- Por que eu nunca o encontrarei novamente?
- Uma impressão...
- Mentirosa!
Eu insisti. Masako, de repente falou sério.
- Eu não posso dizer o verdadeiro motivo.
- É o que você sabe relacionado a fraqueza de Naru?
- Eu não posso dizer!
- Sua bruxa mesquinha.
Masako suspirou suavemente.
- Eu acho que provavelmente eu sei tudo o que você quer saber.
Eu rapidamente olhei para Masako.
- Mas, eu ainda não posso dizer. Porque eu tenho um acordo com Lin-san e Naru.
- Por que só você sabe?
- Eu só descobri por acaso.
Inclinei a cabeça, pensando.
- Ei, quando nós nos conhecemos você tinha dito isso antes.
- Oi?
- Você disse que conheceu Naru antes em algum lugar.
- Eu disse algo assim?
- Você disse, é isso? Você e Naru se encontraram antes em algum lugar do passado.
Masako pensou por um momento.
- Não deve ter sido esse o significado.
Ai, está tão claro como a lama.
- Naru tem sempre procurado por este lugar...
A voz do Naru passou pela minha mente: “Finalmente... eu finalmente encontrei...”
- O escritório, tudo foi apenas para achar este lugar. Por isso, é possível que nunca mais o encontremos.
- Eu?
Masako respondeu com uma única frase:
- Não apenas você, eu também.

* No Japão, geralmente, o tamanho do quarto é medido pelo número de tatames. O tamanho tradicional de um tatame é 90cm por 180cm

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