quinta-feira, 17 de maio de 2012

Volume 7 - Prólogo - Parte1


parte 1

Nuvens cumulonimbus se estendiam desde o oceano brilhante até o céu azul.
Devido ao reflexo da luz do sol, a estrada de asfalto que seguia a costa reluzia com um brilho branco.
Abaixo da rodovia, as ondas do mar podiam ser vistas rolando. Imaginei como deveria ser confortável dar um mergulho. Mas agora, estava agarrada a este telefone.
- Como está por aí? - eu disse, quando eu ouvi a voz quase chorando da minha colega do outro lado da linha.
- Mesmo com ar-condicionado, ainda está quente como o inferno. E aí?
- Eu pensei que ia ser mais frio, já que estamos mais ao norte, mas aparentemente não.
O verão da península de Noto, é realmente verão.
- Isso é tão decepcionante. - um riso alegre veio através do receptor. - É mais quente do que Tóquio, certo?
- Exatamente!
- Mas se você está à beira-mar, você não pode ir nadar? A sensação é completamente diferente de nadar em uma piscina.
- Sim, na teoria. Mas isso não vai acontecer, porque quatro de nós não podem nadar.
De todos os nossos membros, um está hospitalizado. Quanto aos outros três, devido aos seus ferimentos, provavelmente iria doer muito se entrassem no mar.
- Que diabos que Bou-san está fazendo, sendo tão patético desta vez, ele deveria simplesmente nadar mesmo assim.
- Todos parecem esgotados. Embora seus pontos tenham sido removidos, ouvi dizer que eles ainda devem evitar nadar. John aparentemente já está melhor, mas...
- Coitados. Eu queria vê-los.
- Você está vindo?
- Se alguém pagar, eu vou.
- Ahn? ... Ha. ha
- Aah, como uma pessoa pobre, eu não recebo nenhuma simpatia. Eu me odeio por ter providenciado todas as roupas, bolos e etc, que eram para visitar Bou-san no hospital.
- Esqueça, não adianta lamentar.
- Sua filha da mãe. E o chefe?
- Ele deve ter alta em 2 ou 3 dias, vamos saber depois do check-up de hoje.
- Mai, eu acho que mesmo que ele não estivesse internado, o chefe ainda não iria colocar uma sunga e ir nadar.
- Sim, sim.
- Você tem sorte, você pode cuidar dele todo.
- Deixa pra lá! Ayako e Masako são as que grudam nele como uma sombra!
- Se essa é a verdade, então o que você está fazendo todos os dias?
- Estou cuidando do Bou-san.
- Você é tão ardilosa! - veio uma voz gritada do receptor. Eu rapidamente afastei o receptor do meu ouvido. Que desgraçada, por que ela estava gritando?
- Brincadeira! Estou fazendo um trabalho agora.
- O quê? Você levou sua lição de casa?
- A senhora do hotel mandou pra mim, e todas as respostas estão corretas. E Yasuhara também está aqui.
- Yasuhara quebrou suas costelas, então ele não pode tomar banho no mar.
- Claro que não. Graças a vocês, eu ganhei um tutor livre de encargos.
- Você é uma grossa sem modos. Você terá que me recompensar quando você voltar.
- Sim, recompensarei com um sorvete de casquinha.
- Chata, você é uma aproveitadora! Só sorvete?
- Grr... Você vai fazer o quê?
- Seja como for, você não tem um subsídio especial? Basta considerar como um tratamento especial para mim, eu vou esperar até você receber seu salário.
- Ah, ah, madame, obrigada pela sua clemência.
- Não seja chata! Estou ansiosa para esse dia. Vou parar por aqui hoje. Falo com você mais tarde!
- Se cuida!
- Eu cuidarei das coisas em casa, estou deixando as vítimas com você!
- Ok, tchau!
Ao colocar o telefone no gancho, o telefone verde ejetou meu cartão e buzinou. As cigarras, que faziam um barulho ainda mais alto, também estavam chorando sem parar.
Eu, Taniyama Mai, sou uma estudante do segundo ano do ensino médio.
A razão pela qual uma estudante de uma escola de Tóquio como eu, está aqui em Noto é mais ou menos por causa do trabalho. Eu tenho o título de "investigadora", embora eu realmente não possa fazer nada.
Agora no verão, eu tinha inicialmente pensado que seria divertido viajar muito longe de Tóquio (para Noto). Mas no fim, tivemos problemas, e por causa da hospitalização do chefe, permanecemos em Noto ainda que a nossa investigação já tivesse acabado.
O restaurante que nós investigamos nos forneceu alojamentos. E isso explica porque eu estou apenas vagando por aí, esperando o meu chefe receber alta. Antes que eu percebesse, metade do mês já tinha passado e minhas férias de verão estão chegando ao fim.
Ao sair da cabine telefônica, eu estava procurando por uma sombra enquanto eu caminhava ao longo da costa, quando ouvi o som de uma buzina de carro.
Levantando a minha cabeça, eu podia ver um carro vindo devagar.
- Oh, você está aqui para visitar o hospital?
Eu podia ver a silhueta de três pessoas - um homem e duas mulheres, o primeiro enfiou a cabeça para fora.

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