quinta-feira, 17 de maio de 2012

Volume 7 - Capítulo 4 - Parte 1


Capítulo 4 - 13 de agosto, 11:00 ~ 15:00

Parte 1

- O quê? Você tá brincando?
Não ousando colocar isso em palavras, ficamos em silêncio.
- Será que por causa da chuva, a porta de madeira molhou e ficou presa? Se a porta não pode abrir, vamos tentar as janelas. - Esta era a voz da Ayako.
Pensando nisso, havia muitas janelas neste lugar, e os vidros já estavam quebrados, não era possível ficarmos presos neste lugar.
- Mai, John, afastem-se. - Ayako pegou a garrafa de vidro vazia perto de seus pés.
- Vamos quebrar esse vidro e abri-la de fora.
- Depois nós discutiremos quem será o primeiro a sair daqui.
- Desde que eu não seja a última.
Embora o tom da conversa fosse relaxado, as nossas expressões faciais haviam endurecido um pouco. Ayako bateu a garrafa vazia contra o vidro, criando um som que deu arrepios na minha espinha, cacos de vidro espalhados pelo chão. Cacos do frasco, que foi usada para bater no vidro, só a garrafa foi quebrada.
- Você tem que estar brincando!
Fiz um gesto para Ayako, que estava um pouco desconfortável.
- Não existem várias outras janelas? Vamos tentar?
- S... sim.
Estávamos prestes a fazer uma nova tentativa quando Naru nos interrompeu.
- Não se mexam desnecessariamente.
- Ah?
- Vamos investigar isso primeiro. John, vá para o segundo andar para verificar. Mai !
- Eu!
- Vá com John, nunca se separe dele. Matsuzaki-san, você pode ir com eles também?
- Vamos explorar.
-Yeah!
Corri atrás de John e Ayako. Minhas roupas encharcadas estavam pesadamente presas em volta do meu corpo.
A escada ficava bem no centro do corredor em linha reta ao hall de entrada. Se subíssemos as escadas, em frente seria o palco, mais acima haviam paredes de madeira, bloqueando completamente qualquer saída possível.
- Ah ne, não há para onde ir a partir daqui.
- Que exploração curta.
- Há uma porta. - Havia uma pequena porta onde Ayako apontou, foi fechada com uma pequena trava de metal.
Apesar de ter sido fechada com um cadeado, ele saiu da madeira com um puxão leve. A madeira já tinha apodrecido. Afastando a madeira era uma pequena passagem, não podíamos passar, a menos que curvados. Dentro havia um lance de escadas.
- ... O que devemos fazer? - Eu olhei para o John. Devemos descer? O que devemos fazer se a porta não se abrir depois que entrarmos?
- Mai e Matsuzaki-san, fiquem aqui e mantenha a porta aberta. Eu vou na frente para dar uma olhada.
- Mas Naru disse para não nos separarmos.
John sorriu e disse:
- Eu só vou subir um pouco, vou voltar assim que verificar o estado da janela. Se estiver aberta poderemos sair, se a janela não puder ser aberta, então as outras janelas também não poderão.
Eu podia ver uma janela não muito longe do topo da escadaria.
- Você só vai até lá, certo?
- Sim, só lá. Vou testar se essa janela pode ser aberta e voltar logo.
- Tá ...
Eu apoiei as minhas costas na porta para mantê-la aberta, Ayako também segurou o batente com força. John inclinou-se e entrou. Estava ainda mais empoeirado lá dentro.
Além da janela, não havia outra fonte de luz. E a luz da janela era muito fraca por causa da chuva. Dentro do prédio da escola, parecia que já estava anoitecendo.
No topo da escada, um corredor comprido. No primeiro andar, à direita, havia sete salas de aula alinhadas em uma fileira.
- Por que existem tantas salas de aula?
- Provavelmente, porque havia muitos alunos quando essa escola foi construída.
- E como o número de alunos diminuiu, o segundo andar não era utilizado e foi fechado.
- Provavelmente.
Enquanto eu falava, meus olhos seguiam as costas de John de perto. John estava na frente da janela e a balançou um pouco, antes de descer imediatamente. Parecia que a janela não podia ser aberta, ela não se mexeu um centímetro.
- Não funcionou?
John sorriu com amargura:
- Não. De alguma maneira eu sinto como se as janelas estivessem todas tortas.
Dizendo isso, ele saiu pela porta. Somente neste momento me fez perceber como eu estava tensa, só depois que John saiu totalmente, eu finalmente relaxei. Ayako, também, soltou um suspiro.
Depois de descermos, Naru e companhia ainda estavam tentando sair pelas janelas. Após ouvir a explicação de John, a expressão de Naru ficou extremamente grave.
- Como estão as coisas aqui embaixo?
- Não podem ser abertas.
- Vamos usar um método mais forte.
- Vamos fazê-lo.
Lin abriu uma sala de aula próxima e tirou uma cadeira. John pensativamente tomou um pequeno frasco de seu bolso, e gentilmente espalhou gotas de água e desenhou uma cruz.
- Por favor, afastem-se. - Lin pegou a cadeira e a jogou, eu rapidamente cobri meus ouvidos. Um som estridente foi criado momentaneamente.
- Ah.
Eu olhei para a cadeira quebrada, e então para a janela. No instante em que a cadeira foi arremessada em direção à janela, ela balançou. Mas isso era tudo: nem a moldura da janela nem o vidro, tinham sofrido qualquer dano. Eu peguei a perna da cadeira quebrada e atirei-a contra o vidro. Independentemente de quão forte batíamos no vidro, não aparecia uma única rachadura.
Sem qualquer alteração na voz, Naru disse:
- Nós fomos completamente selados aqui dentro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...