Parte 3
Alcançando as
escadas, a luz pálida da entrada dava pra ver... 5 pessoas lá.
Eu parei
momentaneamente, e se a porta estivesse fechada, e se ninguém estivesse lá
quando abrirmos a porta...?
Descendo um lance de
escadas, a luz da fogueira era visível. A luz que iluminava as paredes era
extremamente fraca. No entanto, os meus olhos, acostumados com a escuridão, acharam
extremamente brilhante.
5 pessoas levantaram suas
cabeças para olhar para nós: todas elas eram pequenas... 5 crianças: Mariko,
Tsumura, Takato, Takami, e Ai.
Que alívio, eu estava
morta de preocupação com as crianças.
Quando eu estava
prestes a me aproximar, eu parei.
- Espere!
Bou-san e Naru
olharam para mim.
Como esperado, havia
algo muito estranho.
Porque não poderíamos
ter deixado apenas crianças sozinhas. Pelo menos Bou-san ou eu teria ficado
para trás, porque deixar as crianças sozinhas seria impossível com a
personalidade de Naru.
Estendi o braço e
agarrei as mangas do Bou-san e do Naru com força.
- Voltem aqui! - Eu puxei
os dois enquanto recuava.
- Ei! Mai! O que foi?
- É estranho.
As crianças olhavam
para nós quietas.
- Estranho? O que é
estranho?
- É realmente
estranho, definitivamente deve haver algum engano!
- Que engano?
- Meus instintos não
contam? Vamos voltar!
- E as crianças?
Momentaneamente, os olhares
das crianças encontraram o meu.
- Por favor, vamos
voltar!
- Mai!
Dois veículos...
- Mai!
Dois veículos...
Meu coração começou a
gritar em voz alta.
- Ora, por que
haveriam dois veículos?
- Isso...
- Bou-san dirigiu um
dos veículos, quem dirigiu o outro?
Ha! Eu tinha
finalmente falado.
- Eu e Naru não temos
carteira de motorista!
De repente, Naru
agarrou minha mão e me arrastou, como se estivéssemos fugindo de algo.
- Vem, Mai! Bou-san, siga-nos!
Bou-san respondeu,
imediatamente me agarrando e correndo para cima. O som veio como tiros de
pistola.
- Nau maku san
man da bazar dan kan!
As crianças imediatamente
voaram para cima de nós.
Os corpos das
crianças esticados como se fossem de borracha, correram em nossa direção
agarrando Bou-san, que imediatamente se transformou em um vulto negro.
- Bou-san!
Era como se a
escuridão em torno de nós virasse viscosa, enrolando grudenta em torno do Bou-san,
engolindo-o.
- Naru!
Bou-san jogou algo,
que caiu aos meus pés e soltou um pálido brilho dourado na escuridão.
- Era um vajra* ,que
peguei imediatamente.
- Bou-san!
Eu me soltei das mãos
de Naru, segurei a vajra e formei o selo Acalanatha**.
- Nau maku san
man da bazar dan kan!
Após isso, eu formei
o selo da espada com meus dedos, e comecei a fazer os nove cortes.
- Rin Pyou Tou
Sha Kai Jin Retsu Zai Zen!
Já era tarde, quando
eu deixei voltei a respirar, o corpo do Bou-san já tinha sido completamente
engolido pela escuridão.
- Vem cá, Mai!
Desta vez, eu só
podia pegar a mão do Naru e fugir.
** Acala ou Acalanata, ou "Senhor Inabalável" (da Sabedoria), é uma deidade do budismo, sendo mais conhecido dos Cinco Reis da Sabedoria do Reino do Ventre.
Fonte: wikipedia
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