sábado, 26 de maio de 2012

Volume 7 - Capítulo 7 - Parte 3


Parte 3

Alcançando as escadas, a luz pálida da entrada dava pra ver... 5 pessoas lá.
Eu parei momentaneamente, e se a porta estivesse fechada, e se ninguém estivesse lá quando abrirmos a porta...?
Descendo um lance de escadas, a luz da fogueira era visível. A luz que iluminava as paredes era extremamente fraca. No entanto, os meus olhos, acostumados com a escuridão, acharam extremamente brilhante.
5 pessoas levantaram suas cabeças para olhar para nós: todas elas eram pequenas... 5 crianças: Mariko, Tsumura, Takato, Takami, e Ai.
Que alívio, eu estava morta de preocupação com as crianças.
Quando eu estava prestes a me aproximar, eu parei.
- Espere!
Bou-san e Naru olharam para mim.
Como esperado, havia algo muito estranho.
Porque não poderíamos ter deixado apenas crianças sozinhas. Pelo menos Bou-san ou eu teria ficado para trás, porque deixar as crianças sozinhas seria impossível com a personalidade de Naru.
Estendi o braço e agarrei as mangas do Bou-san e do Naru com força.
- Voltem aqui! - Eu puxei os dois enquanto recuava.
- Ei! Mai! O que foi?
- É estranho.
As crianças olhavam para nós quietas.
- Estranho? O que é estranho?
- É realmente estranho, definitivamente deve haver algum engano!
- Que engano?
- Meus instintos não contam? Vamos voltar!
- E as crianças?
Momentaneamente, os olhares das crianças encontraram o meu.
- Por favor, vamos voltar!
- Mai!
Dois veículos...
- Mai!
Dois veículos...
Meu coração começou a gritar em voz alta.
- Ora, por que haveriam dois veículos?
- Isso...
- Bou-san dirigiu um dos veículos, quem dirigiu o outro?
Ha! Eu tinha finalmente falado.
- Eu e Naru não temos carteira de motorista!
De repente, Naru agarrou minha mão e me arrastou, como se estivéssemos fugindo de algo.
- Vem, Mai! Bou-san, siga-nos!
Bou-san respondeu, imediatamente me agarrando e correndo para cima. O som veio como tiros de pistola.
- Nau maku san man da bazar dan kan!
As crianças imediatamente voaram para cima de nós.
Os corpos das crianças esticados como se fossem de borracha, correram em nossa direção agarrando Bou-san, que imediatamente se transformou em um vulto negro.
- Bou-san!
Era como se a escuridão em torno de nós virasse viscosa, enrolando grudenta em torno do Bou-san, engolindo-o.
- Naru!
Bou-san jogou algo, que caiu aos meus pés e soltou um pálido brilho dourado na escuridão.
- Era um vajra* ,que peguei imediatamente.
- Bou-san!
Eu me soltei das mãos de Naru, segurei a vajra e formei o selo Acalanatha**.
- Nau maku san man da bazar dan kan!
Após isso, eu formei o selo da espada com meus dedos, e comecei a fazer os nove cortes.
- Rin Pyou Tou Sha Kai Jin Retsu Zai Zen!
Já era tarde, quando eu deixei voltei a respirar, o corpo do Bou-san já tinha sido completamente engolido pela escuridão.
- Vem cá, Mai!
Desta vez, eu só podia pegar a mão do Naru e fugir.

* Vajra é uma palavra sânscrito que significa tanto diamante quanto relâmpago. Como diamante, remete à indestrutibilidade da essência espiritual. Enquanto relâmpago, como aquilo que ilumina velozmente. Como objeto ritual, o cetro curto vajra tem a natureza simbólica do diamante, que tudo corta mas que não pode ser cortado. Como arma mitológica, representa a natureza do relâmpago, uma força irresistível. Representa a firmeza do poder espiritual e, enquanto ferramenta ou implemento ritualístico, é usado simbolicamente pelo Budismo, Jainismo, Hinduísmo. A palavra tibetana equivalente é dorje, que é também um nome masculino comum no Tibet e no Butão, onde o termo designa também o pequeno cetro usado na mão direita pelos lamas tibetanos durante cerimônias religiosas. Nos Vedas designava a arma de Indra, o rei dos deuses, e que lançava raios que deletavam os seres da existência
** Acala ou Acalanata, ou "Senhor Inabalável" (da Sabedoria), é uma deidade do budismo, sendo mais conhecido dos Cinco Reis da Sabedoria do Reino do Ventre.
Fonte: wikipedia

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