quinta-feira, 17 de maio de 2012

Volume 7 - Capítulo 2 - Parte 2


Parte 2

Como esperado, cinco mergulhadores chegaram naquela tarde, e começaram a se preparar para mergulhar no reservatório.
Já que eu não poderia ser de muita ajuda, eu só fiquei assistindo da margem.
Os acampamentos eram perto da nascente do rio e o reservatório ficava mais para dentro. Este rio não era muito profundo, nem muito largo; florestas de pinhais estavam em ambos os lados do rio, os pequenos barracos de madeira na floresta e as barracas no acampamento podiam ser vagamente vistos.
Seguindo o fluxo do rio, a correnteza suavizava gradualmente, em geral, dava para atravessá-lo a nado. No entanto, a água ainda estava muito escura. Além disso, este lugar era no alto das montanhas, e o ar estava frio. A água devia ser muito fria também. Por isso que eu desisti da ideia de nadar.
Longe da margem, havia um barco parado. As pessoas em trajes de mergulho não podiam mais ser vistas. Havia apenas duas pessoas que permaneciam no barco.
Em ambos os lados do rio haviam diques - um grande número de barcos estavam alinhados lá, mas os profissionais utilizaram o seu próprio barco.
Hoje, um vento bastante forte soprava sobre a superfície do lago, as nuvens no céu também eram estranhas, o vento soprou e fez com que o pequeno barco na superfície do lago balançasse instável.
Como esse era um acampamento, não eramos os únicos ao lado do lago. Era uma cena rara ver tantas pessoas reunidas à beira do lago, todas olhando para o pequeno barco na superfície do lago. Embora algumas tivessem ido embora, as palavras que foram ditas pegaram uma carona com o vento para os meus ouvidos.
- O que está acontecendo lá?
- Não está muito claro.- isso foi dito, provavelmente, por um estudante universitário.
- Venha, vamos nadar.
- Eh, eu ouvi algumas coisas desagradáveis!
- O quê?
- A senhora da loja disse que eles estavam lá procurando por um cadáver! - No momento que eu ouvi isso eu me virei para olhar o dono da voz.
- Ah!
- Isso é mentira, certo?
- Eu não sei, eu também só ouvi falar disso, de alguma forma, nos faz sentir um pouco desconfortáveis.
- Urgh! Isso não é desagradável?
- Então, ainda vamos nadar?
...Cadáver.
Isto é uma pessoa que morreu.
O que Naru está procurando, Naru chamou os mergulhadores para procurar por um cadáver?
De repente, senti um aperto no peito, por que eu estava desconfortável? Eu não sabia.
Se eu não falasse com ninguém, eu não poderia tolerar este tipo de sensação.
Daí eu apressadamente retornei à pequena cabana de madeira, neste momento eu vi uma figura de negro à beira do lago, olhando para o barquinho sem qualquer expressão no rosto branco feito neve.
Um pouco hesitante, eu me aproximei. Talvez ele tenha ouvido meus passos na grama, Naru virou imediatamente. Seu olhar escuro em mim, mas logo voltou calmamente para o lago.
Embora eu estivesse um pouco assustada, e a coisa que eu tinha que confirmar também era bastante assustadora, eu tinha que perguntar.
- Ne, foi você que chamou os mergulhadores, não foi?
Quando ouviu isso, Naru olhou para mim sem expressão, franziu a testa um pouco antes de responder-me rapidamente e simplesmente.
- Foi!
- Eu ouvi que você estava procurando um cadáver, é isso mesmo?
Naru levemente suspirou:
- Se isso já se transformou em um boato...
- É verdade?
- É verdade!
- Você sempre esteve procurando por este lugar, certo?
Nenhuma resposta.
- Isso significa que o corpo foi encontrado? - Eu tinha pensado várias vezes sobre isso, e esperava que ele fosse negar minhas palavras.
- ...
- É assim?
- Sim.
Eu arregalei meus olhos momentaneamente.
- Então, até agora, o incessante estudo dos mapas, viagens freqüentes e tudo mais era para achar um corpo?
- Isso.
Baixei a cabeça. Eu tinha sentido no passado, que suas viagens eram muito estranhas, independentemente de onde ele ia ele não parecia ir para passear. Portanto, este foi o motivo, o seu objetivo não era turismo.
- Posso saber por que você está procurando um corpo? - Assim como eu pensei que ele não poderia responder, de repente ouvi uma voz fria.
- De alguma forma eu não posso ignorá-lo.
Por que ele diria isso assim que eu não entendi.
- Há alguma razão?
Como é que a situação evoluiu? Por que ele procura por um corpo? Por que havia um corpo aqui? De quem era aquele corpo?
Masako tinha dito também que o funcionamento do escritório foi também para isso. Por que ele especialmente abriu um escritório só para encontrar um corpo? Pode ser que ele não precise mais do escritório, agora que o corpo foi encontrado?
Naru não iria trabalhar em empregos em que ele não tivesse interesse. E eu completamente podia sentir que ele não estava endividado. Poderia o funcionamento do escritório ser por um motivo diferente? Mas por que ele precisa abrir um escritório só para isso?
Quando Naru não falou, eu estava silenciosa também.
- Isso não tem importância para você!
Eu já sabia que ele ia dizer isso.
Gentilmente suspirei, eu era apenas uma pessoa sem nenhum parentesco com ele, com certeza.
- Essa... essa pessoa tem qualquer relação com Naru? Quem é? - eu perguntei, gaguejando. Desta vez, a resposta de Naru foi uma única frase, com duas sílabas:
- Ani*

* Ani quer dizer irmão mais velho. Não sei porque ele falou dessa forma... O normal é Onissan.

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