quarta-feira, 30 de maio de 2012

Volume 7 - Capítulo 7 - Parte 5


Parte 5
(Mangá: Volume 11 – capítulo 3)
De mãos dadas, nós descemos as escadas. Dentro da escola, nenhum som podia ser ouvido, nem mesmo da chuva. Provavelmente tinha parado.
Atrás de nós, apenas o som dos nossos passos ecoando podiam ser ouvidos. No caminho até o primeiro andar, de repente senti que a escola estava cheia de uma intensa solidão. Com meus dedos tocando a parede, eu respirei profundamente.
Naru foi o primeiro a passar através da pequena porta. Depois disso, quando eu estava prestes a sair...
Um estrondo. Na minha frente, um objeto escuro foi arremessado em minha direção passando perto do meu nariz. Num reflexo dei um passo atrás. De repente eu me desequilibrei e caí.
- Aiii... - Minha cintura bateu num canto da escada.
Percebi que não estava mais segurando a mão do Naru.
- Naru! Você está bem?
- Eu estou bem! E você, Mai? - Era uma voz extremamente vaga e abafada.
- Eu estou bem!
Sentada nos degraus eu lentamente tateei o meu caminho através da escuridão. Eu sabia que as sapateiras tinham desmoronado na entrada. Se ao menos eu tivesse um fósforo. Se eu não encontrasse a saída com o tato, seria impossível saber se havia uma saída.
Quando eu procurava pela saída, alguém tocou a minha mão.
- Você consegue sair?
Eu agarrei a mão do Naru com alívio. Se a sua mão conseguia me alcançar, então a entrada não estava completamente bloqueada.
- Sim!
Agarrando a mão dele eu me levantei. A parede falsa que tinha caído não tinha bloqueado completamente a entrada. Se eu cuidadosamente subisse um pouco, eu seria capaz de passar. Quando eu estava pensando nisso, um objeto duro atingiu minha testa.
A parede falsa?
Apressadamente, eu continuei a explorar o local. Era pior do que eu esperava. A entrada tinha sido bloqueada. E parecia que as coisas estavam empilhadas de forma muito complicada em torno da entrada.
- Espere, espere um momento!
- O que foi?
Quando eu ouvi essa voz, eu fiquei momentaneamente atordoado. Parecia que alguém tinha jogado um balde de água fria na minha cabeça.
Brrrr! Meus dentes batiam de frio.
- Mai!
O som vinha de longe, do meu canto inferior direito. Era como se Naru estivesse lá embaixo.
Se fosse esse o caso, então quem que segurava a minha mão?
O braço do Naru não poderia ter 2 metros de comprimento. A quem realmente pertencia a mão que eu estava segurando?
Eu tentei me soltar da mão, mas a mão não se moveu. Era como se estivesse congelada. Quando eu relaxei, a mão agarrou a minha mão com mais força.
- Naru!
Socorro! Eu era incapaz de dizer isso em voz alta.
- O que foi?
A voz estava ainda mais distante. Eu claramente não tinha dado um único passo!
De repente, senti que a mão que me agarrava tinha começado a encolher, eu realmente senti a mudança do toque. Tornou-se seca e muito fina... Muito fina! Mas era extremamente forte - suas garras afiadas entravam na minha pele causando muita dor.
Eu tentava desesperadamente soltá-la, mas ela me apertava.
- Quem é?
Nesta altura, a escuridão rapidamente dissolveu. Uma figura escura apareceu na minha frente, na sequência ela se separou e se transformou em 7 pequenas figuras (Naru tinha desaparecido). Sete mãos seguravam a minha.
- Nee-san!
- O que foi?
- Você nos confundiu com outra pessoa, nee-san?
Enquanto a risada das crianças aumentavam, eu levantei a minha mão direita que estava solta, e comecei a fazer cortes a partir da direita.
- Rin Pyou Tou Sha Kai Jin Retsu Zai Zen!
Imediatamente, as mãos segurando a minha afrouxaram. Eu me livrei daqueles dedos imediatamente e corri em direção ao segundo andar. A porta do segundo andar ainda estava aberta, eu passei e corri para uma sala de aula e fechei a porta. Então eu me inclinei sobre a porta da sala, ofegante.
Eu tentei ouvir se havia algum barulho lá fora. Nada de passos me seguindo e nada de ouvir a voz do Naru. Não escutava nenhum som. Tudo que eu podia ouvir era o meu coração batendo.
- Seja forte!
Se eu não fosse forte... Agora eu era a única que restava, não havia mais ninguém.
- Acalme-se!
Naru, John, Masako, Ayako, Yasuhara, Bou-san e Lin não estão mais por aqui.
- O que eu devo fazer? - Perguntei a mim mesma.
Mesmo se eu fosse a única, o exorcismo ainda tinha que ser feito. Mesmo que eu não pudesse exorcizá-lo eu ainda tinha que convencê-lo. Me preocupar com onde os outros estavam, agora, era irrelevante. Eu precisava fazer o trabalho que eu deveria fazer... Se eu ainda não conseguisse encontrar os outros mesmo depois de sair desse lugar, então eu continuaria procurando.
Sentei-me no chão.
- Naru não está aqui também...
Não havia ninguém que pudesse me hipnotizar para que eu entrasse em transe.
- Eu vou ter que fazer isso sozinha.
Dormir! Vai ficar tudo bem se eu dormir. Mesmo que eu não consiga dormir profundamente, talvez eu consiga cochilar.
Fechei os olhos e respirei fundo. Eu me esforcei para relaxar o corpo.
Não! Meu corpo está tremendo! Não fique tensa! Relaxe! Tente não pensar em nada!
Quanto mais eu tentava mais tensa eu ficava. Eu mantive os olhos fechados, mas sem sucesso. Eu abria meus olhos, em seguida, fechava, em seguida abria, tudo que eu via era escuridão. As memórias fluiam na minha mente... Felizes, tristes, de terror...
- Uma ovelha, duas ovelhas, três ovelhas...
Minha mente não conseguia formar a imagem de uma ovelha.
- Por favor! Acalme-se!
Havia algo que parecia brilhar na escuridão em frente de mim. Eu vi quando eu estava prestes a fechar os olhos. Respirando fundo, eu olhei para ele. De alguma forma eu vi.
Eu vagamente vi algo que tinha um pouco de vermelho. Olhei para o pó vermelho que flutuava ao redor da sala. Embora o brilho fosse muito fraco, eu realmente vi.
- Esta...
Eu acho que eu vi essa cor várias vezes antes.
- Esta cor é do Bou-san.
Eu me levantei. Eu me virei, o pó vermelho brilhante estava em volta das janelas e portas... pálidas, pequenas luzes; pareciam vagalumes.
É o traço de vedação do Bou-san.
- Incrível, é muito bonito.
Levantei-me. De algum modo eu senti que em minha volta tinha uma sensação de aconchego.
Eu não estou sozinha. Todo mundo está me protegendo.
No canto da minha visão, eu detectei um brilho branco. Do chão havia um grande brilho branco.
Isso foi Lin-san. Devia ser o selo protetor do Lin-san. Era um selo colocado no primeiro andar, mas ele realmente produzia esse tipo de brilho.
- Depois disso Masako desapareceu na segundo andar...
A entrada para o segundo andar estava aberta.
- Certo!
Quando ouvi esta voz eu levantei minha cabeça. Naru estava na minha frente.
- Ótimo! Eu estou finalmente dormindo.
Naru sorriu levemente. Era o gentil rosto sorridente que só aparecia nos meus sonhos.
Eu balancei a cabeça e disse:
- Então vamos começar!

Fim do capítulo 7 e do volume 7

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Volume 7 - Capítulo 7 - Parte 4


Parte 4

Naru e eu escapamos para a sala de aula mais próxima, que era um lugar que tinha sido exorcizado por Bou-san anteriormente. Devia ser seguro no momento, pelo menos.
Assim que entrei na sala de aula, eu desmoronei no chão. Agarrei o vajra na minha mão, e abracei minhas pernas; lágrimas caiam incontrolavelmente.
- O que devemos fazer...?
Mesmo que eu já soubesse que era uma situação desesperadora...
- O que devemos fazer...?
A voz fria Naru ressoou:
- Quem era essa pessoa? Deve haver uma outra pessoa que pode dirigir, porque temos dois veículos. Essa pessoa deve ter sido levada pelas crianças também.
- E nós... Nós esquecemos sobre a existência dessa pessoa...?
-Parece que sim.
Tínhamos um outro companheiro... Comecei a pesquisar as profundezas da minha memória.
Mas eu sentia que havia uma névoa bloqueando, fazendo-me incapaz de ver claramente. Eu só podia sentir que há muito tempo trabalhamos junto com alguém, reunindo experiências, discutindo e rindo juntos.
- Nós aceitamos o pedido do chefe da aldeia de vir para cá para realizarmos exorcismos, e depois encontramos as crianças no caminho e pedimos que nos mostrassem o caminho. No final, todos nós fomos selados juntos
- Parece que foi isso que aconteceu.
- Embora parece que deixamos as 5 crianças sozinhas para realizarmos exorcismos. Isso não é possível. Na realidade, outro companheiro nosso deve ter ficado com elas.
- Sim, isso é definitivamente o caso. Deixar as crianças sozinhas é uma idéia completamente ridícula, definitivamente impossível termos feito isso.
- Se for esse o caso, então essa pessoa devia ter alguns poderes psíquicos incríveis, mas diferentes do Bou-san, para termos deixado ficar com as crianças.
- Esse deve ser o caso.
- Essa pessoa dirigia?
A voz do Naru de repente desencadeou minha memória.
Fui eu, Mai.
A voz tinha um tom diferente, ele parecia ter um sotaque de Kansai.
-Foi o John!
- Certo... Quem ficou com as crianças foi o John.
- Mas, espere, o John sabia dirigir? Eu sinto como se tivesse lembrado algo errado.
- Você mesma não disse que foi ele?
- Eu disse isso... Mas eu sinto que há ainda outra coisa.
- Eu estava pensando que pode ter sido similar a situação com as crianças. Pode ser que mesmo John não podendo dirigir fomos levados a acreditar que ele poderia?
- Com efeito. - Naru disse suavemente.
- Há um total de 8 pessoas no nosso grupo, deduzindo pelo número de copos que existem.
- Sim.
- Mas há 5 crianças lá embaixo. Mais você, eu e o monge, num total de 8 pessoas. Se somarmos o John, então temos 9.
- Sim - isso é verdade.
- Se for esse o caso, então é muito provável que John tenha sido substituído por uma das crianças.
- Mas, se esse for o caso...
- Sim, se esse for o caso, ele provavelmente não foi o único a desaparecer.
- Ah.
- Nós éramos um grupo de 8, sem uma única criança. Então 5 pessoas foram substituídas.
Eu, Naru, Bou-san, e entre os 5 havia o John e...
-Masako e Ayako.
- Yasuhara e Lin.
- Então essa era a verdade: Masako, que desapareceu procurando o dinheiro; Yasuhara, que estava em chamas na sala de aula; Lin-san, que desapareceu no corredor, e aquela brincadeira maliciosa... ‘Parabéns, Ayako-san!’
- É Kirishima Yuuki! - Naru de repente falou.
- Quem?
- Você não viu a cópia do jornal? É o nome do professor que morreu.
- E o que Kirishima-sensei tem a ver com isso?
- Ele é a fonte do fenômeno que está acontecendo aqui. A pessoa puxando as cordas por trás da cena é Kirishima. Não há nenhuma outra possibilidade. Se houvesse apenas as crianças, você acha que elas seriam capazes de fazer esse tipo de coisa? Para criar uma armadilha e fazer-nos desaparecer um a um, e para nós baixarmos a guarda, enviando as crianças uma por uma para nossa companhia? Isto definitivamente não é a vontade das crianças, nem deve ser um plano que pode ser feito por uma criança... Ele é controlado por Kirishima nos bastidores .
- Kirishima-sensei... Então isso significa que o epicentro é a sala dos professores?
- É precipitado acreditar nisso.Mas a probabilidade de que seja no primeiro andar é muito elevada. Se quisermos alcançá-lo, ele provavelmente estará na sala que ele dava aulas ou na sala dos professores.
- É. Mas como vamos fazer o exorcismo?
- Só podemos escolher entre você e eu para fazê-lo.
- Naru! Você não pode!
- Então Mai, você quer tentar?
- Você acha que eu posso fazer isso?
- Exorcismo é realmente muito difícil.
- Eu também acho!
- Persuasão!
-O que?
- Você tem que persuadir Kirishima. Eu não consigo sentir um espírito ou me comunicar com eles.
- Persuadi-lo? Eu consigo fazer isso?
No momento em que esta frase saiu da minha boca, eu senti a pessoa ao meu lado rindo.
- Sim, se você usar o temperamento que você costuma usar para me criticar.
Ha?
- Então vou tentar!
- Vamos para o primeiro andar. É mais fácil fazer a ligação com os espíritos lá. Vou te hipnotizar para ajudar você a entrar em um estado de transe.
- Estado de transe?
- É um estado onde é mais fácil de encontrar os espíritos. Médiuns e outros psíquicos estão nesse estado durante a convocação dos espíritos.
- Entendido.
Senti a mão de Naru tocar em meu pulso. Sua mão se estendeu e apertou minha mão. Embora o ambiente fosse frio, a mão que me segurou estava quente.
- Vamos descer. Não solte a minha mão!
- Certo!
De mãos dadas, nos levantamos. O vajra em minha mão direita me fez lembrar...
- Ne, você acha que todo mundo vai ficar bem?
Naru respondeu em um tom baixo:
- Isso eu não sei.
- Isto é para você. - Eu entreguei o Vajra para Naru. A mão direita do Naru continuou me segurando, e ele estendeu a outra mão para pegar o Vajra. - Foi Bou-san. Ele atirou para você.
Naru olhou para a Vajra em sua mão:
- ...Foi isso que ele disse?
- O quê?
- Nada de mais, parece que eu tenho subestimado o Bou-san!
Que seja.
- Nós ainda podemos fazer isso!
- ...?
- De qualquer forma, vamos para o primeiro andar.
-Sim!

sábado, 26 de maio de 2012

Volume 7 - Capítulo 7 - Parte 3


Parte 3

Alcançando as escadas, a luz pálida da entrada dava pra ver... 5 pessoas lá.
Eu parei momentaneamente, e se a porta estivesse fechada, e se ninguém estivesse lá quando abrirmos a porta...?
Descendo um lance de escadas, a luz da fogueira era visível. A luz que iluminava as paredes era extremamente fraca. No entanto, os meus olhos, acostumados com a escuridão, acharam extremamente brilhante.
5 pessoas levantaram suas cabeças para olhar para nós: todas elas eram pequenas... 5 crianças: Mariko, Tsumura, Takato, Takami, e Ai.
Que alívio, eu estava morta de preocupação com as crianças.
Quando eu estava prestes a me aproximar, eu parei.
- Espere!
Bou-san e Naru olharam para mim.
Como esperado, havia algo muito estranho.
Porque não poderíamos ter deixado apenas crianças sozinhas. Pelo menos Bou-san ou eu teria ficado para trás, porque deixar as crianças sozinhas seria impossível com a personalidade de Naru.
Estendi o braço e agarrei as mangas do Bou-san e do Naru com força.
- Voltem aqui! - Eu puxei os dois enquanto recuava.
- Ei! Mai! O que foi?
- É estranho.
As crianças olhavam para nós quietas.
- Estranho? O que é estranho?
- É realmente estranho, definitivamente deve haver algum engano!
- Que engano?
- Meus instintos não contam? Vamos voltar!
- E as crianças?
Momentaneamente, os olhares das crianças encontraram o meu.
- Por favor, vamos voltar!
- Mai!
Dois veículos...
- Mai!
Dois veículos...
Meu coração começou a gritar em voz alta.
- Ora, por que haveriam dois veículos?
- Isso...
- Bou-san dirigiu um dos veículos, quem dirigiu o outro?
Ha! Eu tinha finalmente falado.
- Eu e Naru não temos carteira de motorista!
De repente, Naru agarrou minha mão e me arrastou, como se estivéssemos fugindo de algo.
- Vem, Mai! Bou-san, siga-nos!
Bou-san respondeu, imediatamente me agarrando e correndo para cima. O som veio como tiros de pistola.
- Nau maku san man da bazar dan kan!
As crianças imediatamente voaram para cima de nós.
Os corpos das crianças esticados como se fossem de borracha, correram em nossa direção agarrando Bou-san, que imediatamente se transformou em um vulto negro.
- Bou-san!
Era como se a escuridão em torno de nós virasse viscosa, enrolando grudenta em torno do Bou-san, engolindo-o.
- Naru!
Bou-san jogou algo, que caiu aos meus pés e soltou um pálido brilho dourado na escuridão.
- Era um vajra* ,que peguei imediatamente.
- Bou-san!
Eu me soltei das mãos de Naru, segurei a vajra e formei o selo Acalanatha**.
- Nau maku san man da bazar dan kan!
Após isso, eu formei o selo da espada com meus dedos, e comecei a fazer os nove cortes.
- Rin Pyou Tou Sha Kai Jin Retsu Zai Zen!
Já era tarde, quando eu deixei voltei a respirar, o corpo do Bou-san já tinha sido completamente engolido pela escuridão.
- Vem cá, Mai!
Desta vez, eu só podia pegar a mão do Naru e fugir.

* Vajra é uma palavra sânscrito que significa tanto diamante quanto relâmpago. Como diamante, remete à indestrutibilidade da essência espiritual. Enquanto relâmpago, como aquilo que ilumina velozmente. Como objeto ritual, o cetro curto vajra tem a natureza simbólica do diamante, que tudo corta mas que não pode ser cortado. Como arma mitológica, representa a natureza do relâmpago, uma força irresistível. Representa a firmeza do poder espiritual e, enquanto ferramenta ou implemento ritualístico, é usado simbolicamente pelo Budismo, Jainismo, Hinduísmo. A palavra tibetana equivalente é dorje, que é também um nome masculino comum no Tibet e no Butão, onde o termo designa também o pequeno cetro usado na mão direita pelos lamas tibetanos durante cerimônias religiosas. Nos Vedas designava a arma de Indra, o rei dos deuses, e que lançava raios que deletavam os seres da existência
** Acala ou Acalanata, ou "Senhor Inabalável" (da Sabedoria), é uma deidade do budismo, sendo mais conhecido dos Cinco Reis da Sabedoria do Reino do Ventre.
Fonte: wikipedia

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Volume 7 - Capítulo 7 - Parte 2


Parte 2

A chuva ainda estava caindo, a escola completamente envolta em trevas. A fogueira no vestíbulo era a única fonte de luz; mas como não era muito grande, ela não iluminava a área inteira. Os cantos da escola, a área pelas escadas - estavam completamente escuras.
Eu me aconcheguei perto da fogueira e olhei várias vezes para as pessoas em volta. Naru, Bou-san, John, e as 4 crianças: Mariko, Tsumura, Takato e Takami.
Era evidente que ninguém tinha desaparecido, mas porque eu sentia que isso não era nem um pouco confiável?
- Vamos exorcizar e selar as salas de aula uma por uma, deixando por último a sala que fica mais pra dentro.
- Parece que é tudo que podemos fazer.
- O problema é o que fazer com as crianças?
- Como não podemos dividir nossas energias. Levamos todos juntos?
- O melhor seria eu ou Takigawa-san ficarmos com eles. – Disse o John. - Se for para selar as salas, eu acho que o Takigawa-san é mais apropriado.
- Se for só eu e o Naru, eu ficarei um pouco preocupado. – Retrucou Bou-san.
- Vamos encontrar um jeito.
Bou-san olhou para Naru.
- Você vai encontrar um jeito? É sobre exorcismo?
- Se não funcionar, na hora h sempre haverá outro jeito.
- Não brinque. Nós estaremos em apuros se você fizer qualquer coisa.
Essas palavras soavam um tanto familiar. Há muito tempo atrás, quem foi que disse algo parecido? Será que foi Bou-san?
Bou-san continuou:
- Recentemente você passou mal depois de usar Qigong, e na nossa situação não tem como chamar uma ambulância.
- John, você vai ficar bem aqui sozinho com as crianças?
- Não tem problema.
- Mai, venha conosco, assim você poderá proteger o Naru.
- Ok, já que eu sou a única que pode fazer isso.
- Eu queria poder ter outra pessoa! – Brincou Bou-san. – Ao trabalho!
- Grr!
Eu me senti desconfortável... Eu poderia realmente protegê-lo?
- Então está decidido! John, as crianças estão sob seus cuidados.
- Ok!
- Vamos.
Primeiro, fomos até o segundo andar com John e as crianças.
Entrando na sala de aula mais próxima, Bou-san começou seu ritual, limpando todos os espíritos na sala com um feitiço para selar o quarto. Quando saímos da sétima sala de aula, eu perguntei:
- Você acha que está funcionando?
- Eu não sei. Não estou sentindo nenhuma resistência ou alguma reação. Mai, você não sente nada?
- Bou-san, eu ainda estou acordando minhas habilidades!
- Sua habilidade... Como posso dizer isso?! É meio dorminhoca.
- Não é minha culpa!!! Então, por favor, aconteça o que acontecer, faça o seu melhor! Porque você é o único com capacidade pra isso.
De repente, eu parei no meio do caminho.
- O que foi?
- É como se... Se houvesse algo muito estranho
- O quê? Estamos prestes a voltar .
- Até agora, como exorcizamos os espíritos?
- O que você quer dizer com isso?
- Não é conveniente para o Naru usar seus poderes. Os meus ainda não estão desenvolvidos... Então, até agora, como você e o John faziam isso? Eu sinto que é um pouco estranho, mesmo que eu esteja perguntando só agora...
- Ah, é assim que sempre funcionou! Psíquicos precisam fazer qualquer coisa e sempre enfrentamos os problemas. - Bou-san respondeu imediatamente.
- É verdade. - Naru falou pensativo. - Por que estamos fazendo as coisas desse jeito?
Aos poucos, senti um desconforto propagando debaixo dos meus pés.
- Vamos voltar, eu estou preocupado que algo possa ter acontecido com John.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Volume 7 - Capítulo 7 - Parte 1


Ghost Hunt: Volume 7 (Volume 11- capítulo 2 do mangá)

Capítulo 7 - 13 de agosto, 20:00 ~ 23:00

Parte 1
No vestíbulo, Naru e Bou-san estavam discutindo o exorcismo. Eu olhei para a chuva que caia lá fora, mas já estava escuro, então tudo que eu podia ver era o vidro espelhado.
- É muito constrangedor! - Disse baixinho Masako, que estava sentada ao meu lado.
- É...!
- Eu também fiquei atordoada. Embora tivesse sido um incêndio muito grande, nunca pensei que eu iria chorar só de ver o fogo. - Ouvir o tom de sua voz parecia como se ela estivesse realmente muito frustrada consigo mesma.
- Na verdade...
- Mai-nee-san, Masako-nee-san, posso beber o suco?- Takato perguntou.
- Claro, eu vou coloco. Qual a sua xícara, Takato?
- A de cachorrinho! (Que originalmente era do Lin)
- A de cachorrinho, certo! E a seu Mariko?
- A de coelho! (Que era originalmente da Ayako)
- Ok, então do Tsumura é de caranguejo! (Que era originalmente de Yasuhara)
- É!
- Tsumura, não vai derramar, tá?- Mariko advertiu Tsumura, ele era o irmão mais novo dela.
Olhei para os adoráveis irmãos na minha frente, então olhei para fora da janela.
O que há de errado comigo... Estava tão ansiosa e inquieta? A chuva voltou a cair na escuridão, a fogueira brilhava através das gotas de vidro, criando um tênue brilho vermelho; lá fora, as sombras dos dois veículos podiam ser vistas.
- Dois... veículos...
Eu hesitei por um momento. Seria melhor perguntar a todos, de qualquer maneira.
- Ne, quem dirigiu o carro até aqui?
Bou-san me olhou, chocado.
- Você não pode ter demência, pode? Claro que fui eu!
- E o outro carro?
Bou-san franziu a testa, ao lado dele, John sorriu.
- Fui eu, Mai. (Originalmente Bou-san dirigiu um carro e o outro foi Lin.)
- John, você sabe dirigir?
A expressão de John imediatamente ficou um pouco estranha.
- Er... Parece que sim... Eu sei!
- Mai, você está bem?
- Claro, eu só tinha esquecido.
- Você está com febre?
- É.. É claro que não! Eu só cometi um pequeno erro.
Olhei pela janela mais uma vez. Certo, os carros foram levados por Bou-san e John. Ah, o que há de errado comigo, como posso estar me sentindo tão esquisita?
- Ne, Mai-nee-san! - Mariko puxou minha mão.
- Tsumura deixou o dinheiro cair .
- Dinheiro? Onde?
Tsumura parecia que ele estava prestes a chorar.
- No segundo andar, eu junto faz tempo, tenho R$ 500.
- Ah, que azar. - Takato disse, inclinando a cabeça.
- Eu acho que ele caiu na virada da entrada para o segundo andar. Posso ir lá procurar?
- Ah... É claro, eu vou com vocês.
- Mai! - Com um estrondo, a voz de Naru se intrometeu. - Não vaguem por aí sozinhos!
- É só um pouco!
- Você não tem permissão!
Seja como for, que miserável...
- Eu vou com vocês também! - Masako disse.
Tsumura encarou a Masako sem piscar e balançou a cabeça.
- Não há necessidade, eu vou procurar as minhas coisas sozinho.
- Mas isso é muito perigoso.
- Você não precisa ir, eu estarei bem.
- Não é da minha conta, mas é o dinheiro que você se esforçou pra economizar... Pode ser pego por outra pessoa...
- Não!
- Tsumura! - Naru ainda não sabe ser gentil ao falar com as crianças. - Este lugar é muito perigoso, você não tem permissão para passear sozinho.
- Eu quero ir!
- Não adianta chorar!
- Nee-san e Takato vão comigo!
- Não!
Tsumura começou a chorar.
- Ne, nós só vamos subir um pouco!
- Você tem a capacidade de proteger as crianças?
- Eu não... - Ele acertou em cheio!
- Eu vou também! Você quer que eu vá com vocês? - Masako disse, ajoelhado ao lado Tsumura.
- Eu não quero!
- Você não pode ser tão teimoso! Você pode ver que já está escuro lá fora. Se forem apenas as crianças, será muito perigoso, certo? Então nee-san vai com você, está bem?
- Só a Masako nee-san?
- Sim, só eu.
- Então, se é apenas a nee-san vai ficar tudo bem.
- Mas estamos indo só até a entrada do segundo andar, ok? Mesmo que você não encontre nada lá, temos que voltar, você entendeu?
- Eu estou indo também. - Bou-san disse, levantando-se.
- Não! Eu só quero a Masako-nee-san, apenas nee-san! Nós já combinamos, eu não quero mais ninguém!
- Ok, ok, ok! - Bou-san sorriu amargamente, em seguida, jogou o isqueiro para Masako.
- Aqui!
- Obrigada, venha, vamos lá, Tsumura.
- Sim!
Masako segurou a mão de Tsumura e subiu as escadas. A criança parecia muito feliz. Takato e Mariko também foram juntos. Já estava escuro dentro da escola, por isso, Masako acendeu o isqueiro quando subiu as escadas, iluminado pela luz laranja o rosto da Masako passou brilhando. Por alguma razão, eu não podia desviar meu olhar, e segui de perto. Ao mesmo tempo, minhas mãos estavam cruzadas firmemente.
Por que eu estava assim? Eu me sentia tão desconfortável?
A luz fraca do crepúsculo tremulava nas paredes, balançando alternadamente com as sombras. Por que parecia com o brilho de uma chama? Por que piscava de forma tão perturbadora? Além de mim, Naru e Bou-san também olhavam na direção da escada.
- Achei! - Ao ouvir isso, eu relaxei um pouco. A luz se intensificou, então enfraqueceu. O brilho alaranjado iluminando, e as sombras das pessoas descendo as escadas, balançado com ele.
Ótimo, todos voltaram juntos.
Deixando escapar um suspiro de alívio, eu observei as 4 crianças que desciam a escada.
Por alguma razão estranha, a sensação desconfortável retornou.

sábado, 19 de maio de 2012

Boa notícia! Eu acho...

Eu tinha achado quase que todo o volume 8 do livro, em inglês. Só faltava parte do capítulo 11 e todo o capítulo 12 (não estranhem esses números tão altos! A contagem dos capítulos continua a do volume 7)
E agora eu vi que o mangá está completo em inglês!!
Quem quiser ver, tem aqui!
Eu adoraria saber fazer scanlation do mangá... Mas não sei! Então o que vou tentar fazer é continuar a tradução da light novel, utilizando o mangá nos capítulos que não tenho em inglês!
Eu já uso o mangá como apoio, pois a tradução para o inglês está muito melhor do que dos livros.
Então é isso... Acho que vou conseguir completar a tradução!
O ruim é que vocês terão de ter paciência! O volume 8 é grande! E em algumas partes o Naru está mais insuportável do que o normal! Então eu tenho que parar para me acalmar! Grrr! rs
Eu achava ele tão mais bacana no anime! Vocês não concordam?

Volume 7 - Capítulo 6 - Parte 5


Parte 5

Não havia uma única ferramenta que poderia ser usada para quebrar as paredes das salas de aula do primeiro andar.
Quando subimos para o segundo andar, a porta não estava mais encaixada, estava encostada ao lado. Quando passei pela entrada, eu sentia algo extremamente desconfortável, mas eu não conseguia identificar a causa deste desconforto.
Pesquisando as salas de aula praticamente vazias, eu segui para a sala de aula mais interior. Não havia quaisquer ferramentas aqui também.
- Desse jeito, só poderemos usar o método mais perigoso, então! – As palavras de Bou-san receberam um aceno de cabeça de Naru.
- Ah
Está tudo bem usar fogo?Quando eu estava pensando isso e prestes a sair da sala de aula, Yasuhara, que estava andando atrás da Mariko e do Takato, de repente parou.
- Yasuhara?
A expressão do Yasuhara era extremamente estranha.
- Oni-san, o que está acontecendo?
Quando ele ouviu a voz de Mariko, Yasuhara imediatamente deu 2 passos para trás - Yasuhara estava sozinho na sala de aula agora.
- Que foi, oni-san? Você está muito estranho! - Takato disse, sorrindo.
Chamei Naru e os outros, que estavam prestes a ir para o corredor, de volta.
- Naru, espera... Yasuhara? O que acontece? Naru e os outros estão prestes a sair!
- Taniyama... O carro!
- Eh?
- Por que haveria dois veículos?
Por que dois?
Enquanto eu estava abismada e sem palavras... Naquele momento, eu não sei como descrever. De repente, as paredes da sala de aula cuspiram fogo, engolindo Yasuhara.
Era como se alguém atease fogo deliberadamente. Chamas ofuscantes encheram a minha visão, em um piscar de olhos só havia uma parede em chamas na minha frente.
- Yasuhara?
- Hey!
A sala de aula estava cheia de fumaça, assim como o corredor.
Por que isso aconteceu? Como é possível? Era impossível.
- Yasuhara!
- Mai! Venha! Fuja depressa! - Masako agarrou meu pulso.
- Mas, Yasuhara, ele...
- Por favor, não enrole!
Masako protegeu sua cabeça com a mão. Olhei para Masako, em seguida para o mar de chamas na minha frente. Suspirei um profundo suspiro. Chamei de suspiro, mas na realidade eu estava realmente sufocando as lágrimas.
Segurando firmemente na Masako, eu fechei os olhos.
O fogo continuou durante vários minutos, em seguida, de repente diminuíram e, em um instante extinguiu.
A lâmpada permaneceu dentro da sala de aula onde o fogo tinha ocorrido. Não havia qualquer sinal de um incêndio, não havia sequer fumaça. Era como se o fogo que tinha acontecido fosse uma mentira completa. Mas ao mesmo tempo, as coisas que deveriam estar lá tinha desaparecido. Não preciso mencionar que, Yasuhara, o lixo que estava espalhado pelo chão, os quadros das paredes e até os montes de poeira no chão haviam desaparecido. Era como se alguém tivesse feito uma limpeza completa, nada permaneceu.
- Parece que não é possível usar o fogo.
Quando ouvi a voz fria Naru, olhei fixamente para ele. Na realidade, eu me sentia muito insatisfeita por dentro.
Em um momento como este, é apropriado falar com tanta calma?
- Parece!
Quando eu ouvi a voz de Bou-san, eu me virei. Masako também parecia ter ficado chocada.
- Bou-san!
Bou-san suspirou, então deu um tapinha na minha cabeça e na da.
- Controlem-se, vocês duas! Não chorem!
- Vocês devem ter tido um choque.
- Um choque? Como você pode chamar o que aconteceu de um choque?
Neste momento, alguém puxou a minha roupa.
- Que foi, Mai-nee-san?
- Mariko, agora...
Quando olhei para o rosto Mariko, eu esqueci completamente o que eu estava prestes a dizer.
Olhei estranhamente para as 3 crianças na minha frente.

Fim do capítulo 6! 
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