Parte 3
Seguindo as instruções de Naru, eu enrolei
meu corpo e coloquei toda a minha energia nisso, então eu controlei minha
respiração uniformemente.
Então, seguindo a ordem, eu deixei meu
corpo relaxar: primeiro as mãos, depois os braços. Eu coloquei minhas mãos na
frente do meu peito e apertei meus dedos com força. Então minhas mãos relaxaram...
Depois disso, meus pés... Que cairam imediatamente após eu eliminar a energia
deles. E então meu abdômen.
Depois de liberar a energia em meu
pescoço, minha cabeça pendeu imediatamente. Sem me mover, eu respirei, e senti
meu corpo quase flutuar, como se não tivesse peso.
Depois disso, meu corpo sacudiu.
- ...
Foi um choque intenso que jogou meu corpo
para um lado e me deixou sem respiração. Eu abri meus olhos, estava escuro como
breu.
O que aconteceu? Eu falhei?
Olhando ao redor da escuridão impenetrável
que me rodeava, o meu sentimento de pânico aumentava; pequenas vozes podiam ser
ouvidas.
Abrindo meus olhos, eu me concentrei e
tentei ouvir.
Depois que meus olhos se acostumaram à
escuridão, aos poucos, pude ver a cena em volta de mim de forma clara. Ao mesmo
tempo, eu também podia ouvir as vozes claramente.
Havia filas de bancos... Era dentro de um
ônibus. Os assentos tinham se soltado e se espalhado, as janelas do veículo estavam
todas quebradas, o ônibus também estava inclinado, e todo o veículo estava
cheio de gemidos e gritos.
- Mariko! - Eu ouvi uma voz de homem.
- Tsumura, Takato!
Um homem se levantou de um assento mais
dianteiro.
- Você está bem? Está todo mundo bem?
Levantou-se, então andou para trás e pegou
a menina no banco de trás.
- Ai, abra seus olhos, você está bem?
O chamado soou como um apelo, um apelo
cheio de tristeza para que todos estivessem sãos e salvos.
A menina estava exausta, e soltou um
gemido fraco. Seu apelo não pode passar através do ouvido da menina.
- Mika! Masami!
Ele levou Ai para trás, enquanto cambaleava.
Na cabine, os assentos haviam caído em todas as direções. Ele olhou para as
crianças, carregando Ai, caminhou até Tsumura, que estava no corredor, e
ajoelhou-se perto dele. Ele segurava Ai em uma mão e Tsumura na outra. Ele
olhou para a cena trágica em torno dele: o ônibus destruído e os gritos de 18
crianças antes da morte.
Ele chamava os nomes das crianças enquanto
recolhia seus pequenos corpos. Obviamente, ele não conseguiu segurar tantas
crianças em seus braços, mas ele ainda tentou abraçá-los contra o peito.
- Por que... Como isso pode acontecer?
Eu o ouvi chorar. Foi a primeira vez que
ouvi o choro de homem adulto.
- Por... Por que isso aconteceu?
As crianças chamavam baixinho pelo seu
professor.
- Aii...
- Sensei...
Os gritos cheios de dor das crianças enchiam
o ar. Ele caiu e chorou em angústia.
- Sensei... Eu estou com medo. - Mariko
chorava enquanto segurava a sua camisa. Depois disso, todas crianças estenderam
as pequenas mãos, implorando pela salvação.
- Dói, sensei.
- Estou com medo.
Ele olhou para as crianças em torno dele,
e afagou um por um.
- Está tudo bem.
- Sensei.
- Não se preocupem, vamos voltar para a
escola. Se voltarmos para a escola, vocês não precisarão mais sentir medo.
- Mas, isso dói, não consigo me mexer.
- Não se preocupe, sensei levará todo
mundo de volta com segurança. Então, vamos voltar!
Ele sorriu para as crianças através de
suas lágrimas.
Minha visão ficou turva, com as lágrimas
derramadas. Pisquei os olhos. Um abismo escuro, de repente abriu dentro do
ônibus. Eu vi quando ele segurou as mãos das crianças e caminhou para dentro.
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