sábado, 30 de junho de 2012

Volume 8 - Capítulo 10 - Parte 4


Parte 4

Se o escritório ainda estivesse lá, era uma coisa natural que eu poderia encontrar todos.
Eu amo muito todo mundo, mas é um pouco estranho chamá-los de amigos. Acho que nos sentimos mais como uma família, como se fosse para sempre... Mas não existe nada que não acabe.
Se eu não queria perder o contato, então tudo que eu precisava fazer era dizer assim, não era uma questão de vida ou morte. Vai ficar tudo bem dizer aos outros que eu não quero perder contato. Depois disso, como a outra pessoa vai reagir é problema dela.
Assim, no período da tarde, eu encontrei uma grande pilha de papel para anotações, e fiz um monte de cartões de visita com muitas cores. Para esconder o meu embaraço, fiz os cartões tão brilhantes quanto possível, e fiz um desenho dizendo: ‘entre em contato comigo de vez em quando!’, e até mesmo desenhei alguns corações.
Às 3 da tarde, hora do chá, eu entreguei os cartões. Todos ficaram atônitos, e em seguida todos eles riram e começaram a comentar sobre meus cartões.
- Ah, Taniyama realmente é uma estudante do ensino médio.
- As diferentes cores são muito bonitas.
- Este velho está ficando com a visão turva de olhar para elas.
- Eu estou muito desconfiada do seu senso de estética.
- Você realmente deve simplesmente desistir.
- Vocês podem dizer o que quiser, mas eu não quero perder o contato com vocês e espero que vocês me contatem também.
- Mas a ideia não é realmente ruim... Onde está o bloco de notas? - Yasuhara disse e animadamente começou a fazer seus próprios cartões.
‘O menino telefone estará sempre esperando sua ligação!’ Ao pegar os cartões com esta frase escrita, todos riram.
- É uma piada.
Isso realmente é como Yasuhara.
No final, recebi os contatos de todos, e me senti muito feliz. Assim, mesmo que o escritório fechasse, seria possível entrar em contato com eles.
Só faltavam duas outras pessoas...
- Se Naru e Lin vissem isso, eles iriam rir!
Eu não tenho certeza quem disse isso, mas não seria difícil advinhar a reação deles. Primeiro, eles estariam completamente atordoados, ou fariam uma cara como se pensassem em alguma coisa, a terceira possibilidade é que eles se comportariam como se nada tivesse acontecido e ignorariam completamente o pedido.
- Esses dois não achariam graça nenhuma nisso. - Com um suspiro, Ayako falou.
- Não é problema nosso, é? Mesmo que não fossemos nós, eu acho que eles não iriam  manter contato.
- Sério?
Se não perguntassemos, não iríamos nos arrepender?
- Ah, falando nisso, você quer encontrá-los novamente?
- Sim, mesmo se o nosso tempo juntos acabar, eu ainda quero manter contato. Porque eu gosto do Lin-san e do Naru também...
- É? Você não está sendo honesta! - Ayako me encarou, com os olhos arregalados. – ‘Gosta’ no sentido de que é porque corpo dele é fraco e por isso estou preocupada; ou ‘gosta’ no sentido de que ele tem tantos segredos que eu estou frustrada!
Suspiro... Eu não estou realmente sendo honesta.
- Porque estamos todos fora de seu círculo de consideração, porque eu gosto muito deles, é por isso que esta é a última memória. Mas isso é só da minha parte.
- Isso realmente é uma peça completamente inconclusiva de amor não correspondido.
- Sim, eu sei que o amor não é correspondido. Mas, mesmo se eu dissesse: “Eu não gosto de vocês dois.’, não seria completamente inútil também? Porque, para os dois, eu não estou dentro do seu círculo de amizades, então eles nem se importariam, certo? Então, depois eles vão para outro lugar, eles irão esquecer de mim completamente.
- Sim...
- Independentemente de quem está sofrendo de amor não correspondido, se não puderem fazer a outra pessoa lembrar-se deles em seus corações, eles se sentiriam muito arrependidos. Eles acabariam dizendo coisas como ‘Eu odeio’ e outras besteiras. Se os sentimentos não são compartilhadas, e um não é capaz de obter uma resposta da outra pessoa, no final é muito ruim.
Neste momento, Ayako virou o rosto embaraçada.
- Você realmente se transformou em uma adulta!
Bou-san deu um tapinha na minha cabeça.
- ... Sim, as pessoas são seres que constantemente crescem, mas eles também são capazes de regredir.
- Esta é a alegria de ser humano. Eu gosto do seu otimismo, Mai!
- Eu gosto de você também, Bou-san!
- Que falta de vergonha...
- Ah! Você está com ciúmes, Ayako? Venha se juntar a nós, venha!
- Eu não quero!
- Você não está sendo honesta, mas eu gosto da Ayako que é um pouco mentirosa!
- Eu também!
- Não digam isso!
- Eu gosto de você!
- Eu também!
- Parem com isso!
- Ah! Ela está corando!
- Bem... Ela é uma pessoa tímida!
- Ne, de fato!
- Você dois!
Quando estávamos assim brincando alegremente, Yasuhara se levantou e Masako falou:
- Shibuya.
Naru e Lin-san estavam passando na frente da nossa cabana, enquanto se dirigiam para a cabana que eles dividiam.
- Você está com pressa agora?
Naru olhou um pouco alarmado.
- Eu não estou muito ocupado, mas eu também não estou livre!
- Há uma coisinha que eu quero perguntar, posso levar um pouco do seu tempo?
- ... Agora?
- Agora é o melhor momento.
- Vá em frente.
- Então, por favor entre.
- Não dá pra perguntar aqui?
- Porque a questão é um pouco complicada, eu sinto muito. - Eu também tenho algumas coisas para lhe pedir, Lin-san, por favor entre!
Naru e Lin-san trocaram olhares, do nosso lado, nós também nos olhamos.
O que exatamente iríamos perguntar!?
Os dois imediatamente entraram.
- Sentem-se!
Yasuhara indicou um espaço para Naru e Lin-san sentarem-se, em seguida, ele se sentou com uma expressão séria mesmo.
- Então, a dúvida é...
O que ele iria perguntar?
- Temos Darjeeling e chá Earl Grey, o que vocês preferem?
Naru franziu a testa um pouco.
- Deixe o chá, o que você quer perguntar...
- Então, há algo que vocês gostariam de beber? Café quente ou café gelado? Forte? Com leite? Vocês querem uma fatia de limão? Ou há alguma outra coisa que vocês gostariam de beber? Gostariam de ter a essência de maçã adicionada? E biscoitos e bolo, o que vocês preferem? Ou vocês gostam dos dois?
Surpreendeu!
- Ne, é muito complicado, certo?
Yasuhara sorriu; Naru suspirou.
- Então o que é que você quer perguntar?
- Isso era o que eu queria perguntar!
Yasuhara respondeu muito sinceramente, o que fez Naru suspirar ainda mais forte.
- Qualquer coisa serve.
Oh oh oh! Eu não achei que Naru e Lin-san seriam capturados por chá.
- Incrível! Como seria de esperar de um homem de negócios.
- Espertinho!
- O correto deveria ser: homem sério e respeitável!

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Fim do capítulo 10! 
Agora respira fundo que vai dar vontade de bater no Naru nas próximas postagens! rs

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Volume 8 - Capítulo 10 - Parte 3


Parte 3

Após a refeição, colocamos os 3 homens para fora e começamos a limpar.
- Acho que terei que procurar um novo emprego.
- Eu posso te contratar como minha assistente. Só que o pagamento não será tão bom como no SPR. - Ayako, que estava polindo os pratos, disse com um sorriso triste.
- Você ganha a vida só de ser uma sacerdotisa, Ayako?
- Mais ou menos, quando eu não tenho o suficiente, a minha família ainda me apoia.
- Certo, sua família é rica, por isso não há necessidade de se casar com um cara rico nem nada.
Ayako deu uma gargalhada.
-. Embora a minha família seja dona de uma casa, não somos donos de um iate. Há pessoas mais ricas do que nós, céus além do céu. Oh he he he he...
- Sua metida!
- Você e eu não somos iguais. Sou uma mulher extravagante.
- Hm!
- Ha ha ha ha ...
- Ayako, você é filha única, certo? Você não tem de continuar a linhagem da família?
- Encontrar um médico bonito e rico, para ser adotado por minha família, isso iria resolver o problema, não é?
Eu olhei para Ayako.
- Você realmente é uma pessoa incrivelmente extravagante e esbanjadora!
- Você não sabe que o Japão é um país com uma grande discrepância entre ricos e pobres?
- Não, eu não! E você, Masako? Você tem irmãos ou irmãs?
Masako, que estava jogando a água das bacias, olhou para mim, com os olhos arregalados.
- Eu não. Por que você perguntou isso?
- Investigação de antecedentes. Porque, pensando sobre isso com cuidado, eu não sei nada sobre a família de vocês.
- É né...
- Se o escritório fechar, eu acho que é possível que não nos encontremos novamente. Então eu quero aproveitar o momento e perguntar.
- Nós não vamos nos encontrar porque o escritório está fechado? Por que você acha isso?
- Não é assim?
- Talvez...
Eu suspirei.
- Eu não sei o número de telefone da sua casa também, Masako.
- E eu não sei o seu endereço de contato, Mai!
- Sim... De fato.
- Mas não é só perguntar?
- Se eu pedisse, você me diria?
Masako suspirou, virou-se e entrou no edifício.
- Então você vai se sentir solitária, Mai. - Ayako disse, sorrindo.
- Sim, eu vou me sentir sozinha, porque eu já acostumei com o bullying de todo mundo. Se um dia vocês não me judiarem mais, eu vou realmente sentir que há algo faltando.
- Judiar de você? Isso não esta certo, está? Se eu me casar com um homem rico, então eu talvez carregue você comigo, como minha empregada doméstica.
- Oferta rejeitada!
No fim das contas... Talvez só somos capazes de convivermos bem no trabalho.
Suspirando profundamente, eu não percebi os passos da Masako quando ela voltou.
- Mai!
- Sim?
Masako segurou minha mão.
- Masako?
- ...
- ...Espere um momento, o que você vai fazer?
- ...
- Hey! Eu estou falando com você! Espere, o que você vai fazer?
- Tudo bem, aqui! - Masako levantou uma caneta esferográfica, sorrindo. Ayako também desatou a rir.
- ... O que você está pensando, Masako?
- Endereço e telefone para contato.
- Você costuma escrever no antebraço de outras pessoas?
- Ah! É melhor anotar na sua blusa, então?
- Eu digo, você ...
Olhando para o meu próprio antebraço, ah ah, ela realmente escreveu com uma letra enorme.
- Dá sua mão!
- Não!
- Se você não fizer isso, então eu vou escrever no seu kimono!
- Eu não quero isso também!
Ela é realmente uma pessoa problemática.
- Sim sim, eu sei!
- Tem papel para anotações em casa.
- ...
- Você se sente envergonhada de trocar contato oficialmente?
Sim, eu finalmente entendi a razão pela qual Masako escreveu seu endereço no meu antebraço. Anotar no papel parece ser muito formal, como se dizendo: ‘por favor entre em contato comigo’. Assim, ela se sentiria muito envergonhada, os outros também provavelmente se sentem assim. Este tipo de amizade envergonhada também existe.
- Eu acho que todo mundo está pensando assim!
- Provavelmente...
- Pelo menos, é o que eu acho. Eu queria ter enviado cartões de Ano Novo, mas porque não tive coragem de pedir os endereços, eu desisti.
Na verdade, há uma tradição de enviar cartões de Ano Novo.
- John disse algo semelhante. - Ayako disse.
- Como?
- Ele disse que queria enviar cartões de Natal a todos, mas achou que era um pouco estranho para pedir os contatos só agora...
Sim... sim, poderia ser assim.
- É uma relação estranha.
- De fato!
- Concordo!

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Volume 8 - Capítulo 10 - Parte 2


Parte 2

- Certo, como ficaram as coisas no final?
- Fizemos o assistente do chefe da aldeia assumir a culpa.
Ao ouvir isso, olhei para Bou-san.
- A culpa?
- Eles não querem ter problemas com a polícia agora, certo? Mas há corpos por toda parte, assim não dá para fingir que não aconteceu nada, mesmo se quisessem.
De fato.
- Então dissemos que o assistente descobriu os corpos e eles que resolvessem do jeito que eles quisessem.
- Bem, isso é chamado de colher o que você plantou.
- Certo, certo.
Por falar em corpos...
- Ne, qual é a situação no reservatório?
- Está em andamento. Como esperado, eles pararam ontem por causa da chuva.
- ...
Eu lembrei do sonho. Por que será que Naru apareceu?
- Vocês conseguem realmente conversar normalmente sobre esse tipo de assunto? - O rosto da Ayako encheu-se de desgosto.
- Ayako, não precisa fingir ser sensível.
- Eu não estou fingindo, eu sou realmente muito sensível a este tipo de assunto.
- Hee hee... Entendi. Mas médiuns não deveriam ter atingido uma iluminação sobre algo assim. Quero dizer, os médiuns e os monges devem ser semelhantes. É impossível trabalhar a menos que as pessoas morram.
Eles começaram a rir novamente.
- Senhorita, o trabalho de um monge não é limitado aos serviços de sepultamento! - Bou-san disse, contorcendo as sobrancelhas.
- O que mais você faz além de serviços de enterro?
- Eu também faço serviços de casamento.
- É mesmo...
- Idiota, um dia você vai se casar em frente a Buda.
- Ahn...
- Jurar diante da estátua de Buda num mosteiro e trocar rosários.
Rosários? Não seriam alianças?
- Isso não é nem um pouco romântico.
- Bom, de qualquer modo, estou feliz que tudo terminou bem. E agora Mai também poderá deixar esse universo. Você não vai precisar fazer mais nada assustador.
Ao ouvir estas palavras de Ayako, eu perdi o entusiasmo mais uma vez.
- De fato, com o escritório fechado, não vamos fazer mais investigações.
Com muita dificuldade eu tinha aprendido a limpar os espíritos. Isso não está certo, eu não quero continuar a fazer esse tipo de coisa. Mas...
- Agora eu vou ter muito tempo livre.
- Só por curiosidade, o que você costumava fazer antes?
- Nada de especial. – Respondi para Bou-san. – Só vivia a minha vida.
Espere! Como era mesmo que passava meus dias antes?
- Mai-san, se você tiver tempo livre, você não quer via ao seminário para dar uma olhada na próxima vez?
Eu estava momentaneamente atordoada com o convite do John.
- Seminário? Mas eu nunca li a Bíblia.
- É só por diversão. Eu sempre cuido das crianças. Elas são barulhentas, mas todo mundo se dá muito bem. Você não é boa com crianças, Mai?
- Eu gosto de brincar com as crianças, mas nunca estudei a bíblia antes...
John sorriu.
- Na verdade, é quase igual a brincar com as crianças. Venha experimentar um dia.
Eu estava pensando sobre esta questão quando Bou-san começou a rir silenciosamente ao lado.
- Do que você está rindo?
- Nada demais, só estou imaginando...
- O que?
- Padre John com as crianças!
Todo mundo caiu na gargalhada ao imaginar John parecendo mais uma das crianças do que o responsável.
Realmente, ele parece muito jovem. Posso imaginar John, brincado de roda com as crianças, mas sempre com um sorrindo gentil no rosto.
- O seminário é realmente grande!
- Sim. Se você puder, Takigawa-san, você pode vir junto também.
- Vou dar uma olhada. Será muito nostálgico.
- Nostálgico? – Interrompi a conversa deles.
- Sim, porque eu estive lá quando eu era pequeno.
- ...Espere um momento! Bou-san, a sua casa não é um mosteiro?
- É um mosteiro, e daí? Um filho de um monge não pode ir? No seminário nós ouvíamos histórias bíblicas, também tinham brincadeiras e lanches grátis.
- Então este era o seu objetivo real, Bou-san é um caso perdido! - Eu ri.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Volume 8 - Capítulo 10 - Parte 1


Ghost Hunt: Volume 8
Capítulo 10: 14 de agosto 13:00 ~ 15:00
(mangá volume 12)
Parte 1

Onde estou? Estou sonhando de novo?
Naru?
Eh? Mesmo sem estarmos no meio de uma investigação eu estou sonhando com Naru?! Por que?
- Ei! Naru? O que aconteceu? Aconteceu alguma...
Não deu tempo de eu terminar a frase. Seu corpo ficou transparente e ele sumiu.
- Naru! O que está acontecendo? Naru! – Eu tentei chamá-lo de volta.
- Vamos logo e saia da cama! - Ouvindo as palavras rudes da Ayako, eu abri meus olhos. O brilho da sala me deu um choque.
- Bom dia!
Ai... Claro demais...
Eu enterrei meu rosto nos cobertores. Em seguida, uma mão veio voando.
- Levanta já!
- Tá, tá!
Enquanto eu murmurava, de repente eu fui jogada no chão. Ou, para ser mais precisa, alguém puxou meu cobertor e eu rolei no chão.
- Aiiii
Abrindo os olhos, pude ver o arroz e outros pratos de comida já prontos, no canto. Só que eu ainda estava usando meu pijama e abraçando meu cobertor, sem nenhuma disposição de largá-los.
- Ah! A refeição já está pronta, estou com muita fome.
- Apresse-se e acorde, como você pode ser tão dorminhoca?!
Oh me deixe em paz, estou com muito sono. Eu ainda estava com a visão turva de sono, mas quando vi a situação na sala eu pulei imediatamente.
- !
Fiquei espantada, porque eu vi uma multidão de pessoas na minha frente.
Certo, só podia ter sido o Bou-san pra arrancar minhas cobertas. John e Yasuhara estavam sorrindo meio encabulados.
Puxa, o que eu fiz na frente dos meninos? Ronquei? Não há mais sentido em fingir ser uma dama agora, a minha personalidade, provavelmente, já havia sido completamente descoberta há séculos, mas esta é provavelmente a pior coisa que poderia ter acontecido.
- Ah... Bom dia!
Rapidamente eu corri para o banheiro para lavar meu rosto e trocar de roupa. Depois voltei para comer.
- Vamos comer
Ayako realmente sabe cozinhar... Um contraste completo com sua aparência extravagante. Talvez seja porque ela sempre cozinhou, as pessoas são realmente cheias de surpresas.
- Comer, comer.
- Você não comeu nada desde ontem, deve estar com muita fome agora.
- Não fale de mim como se só eu fosse esfomeada!
- Você não é?
É realmente assim. Ontem à noite, após tomar um banho eu acabei dormindo enquanto esperava meu cabelo secar.
- Quando vocês acordaram?
- Muito mais cedo do que você.
Isso realmente é constrangedor.
- Fomos procurar o chefe da aldeia, também compramos algumas coisas e cozinhamos.
- Obrigada pelo seu trabalho duro!
- Então não seja ingrata.
Eu sei, eu sei. Obrigada a todos por me darem mais tempo para dormir.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Volume 8 - Capítulo 9 - Parte 4


Parte 4

Ao alcançar o corredor eu parei por um momento, olhando para a janela fechada na minha frente.
Alcancei a janela e tentei empurrá-la. Rangendo, abriu uma fresta. Um vento suave entrou, trazendo cheiro de erva fresca.
Eu sorri, e usei um pouco mais de força para empurrar repetidamente, a janela abriu totalmente.
- Ei...
A sala foi inundada pelo luar, o brilho incomparável.
Eu subi no parapeito da janela.
- Ahh! – Eu gritei quando saltei para o campo da escola.
Pisando na grama molhada, eu me virei e vi o prédio de madeira da escola.
O telhado tinha um brilho prateado, as janelas eram como buracos escuros, as paredes cinzentas, uma leve brisa soprava e os insetos cantavam alto.
- Hey!
Uma janela do segundo andar foi exageradamente quebrada e caiu no chão.
- Ah ne?
No lugar da janela que caiu, eu podia ver Bou-san.
- Bou-san! – Acenei para ele.
- Eh?
- O que foi?
- Nada! - Dizendo isso, ele simplesmente pulou de uma janela do segundo andar, mas quando ele pousou, ele se desequilibrou e quase caiu.
- Ahh! Você realmente ainda é jovem, não é?!
Seguindo a voz eu vi Yasuhara meter a cabeça para fora do segundo andar.
- Yasuhara-san!
Bou-san olhou para ele.
- Eu tenho que mostrar que ainda tenho a capacidade de um jovem! Você vai tentar também?
- Então você pode me pegar, Bou-san?
- Eu me recuso!
- O que vocês dois estão fazendo de embaraçoso agora?
Esta era a voz da Ayako, que enfiou a cabeça para fora do primeiro andar.
- Uah! Ayako! Quanto tempo! - Eu comemorei.
- Realmente muito, muito mesmo. Eu estava pensando sobre onde todos tinham desaparecido.
Eu ri.
- Na realidade foi você quem desapareceu.
- Não se apegue aos detalhes!
- Ah, ha ha ha ha.
A porta do vestíbulo abriu. O primeiro a sair foi Naru, que acenou com a mão antes de andar desinteressadamente na direção oposta.
- Tch!
Seguindo-se a figura alta de Lin-san.
- Lin-san, quanto tempo!
Ao ouvir minha voz, Lin-san parou momentaneamente e acenou para mim. Seguindo de perto por trás era Masako, dando rápidos pequenos passos.
- Mai!
- Oi! Masako, então você está bem?
- Isso era o que eu deveria lhe perguntar.
Dizendo isso, Masako parou no caminho. Ela estava originalmente correndo em minha direção, mas quando ela viu Naru ela imediatamente mudou de rumo. Essa é a amizade entre garotas...
- Mai, você está bem?
Era o John saltando de uma janela do primeiro andar. Realmente, John ainda é o mais educado!
- Sim. Estou bem!
- Isso é ótimo, todos estão bem!
Ayako e Yasuhara, que haviam se recusado a saltar pela janela, também saíram pelo vestíbulo.
- Assim, todos aqui.
- Ne? Quem fez o exorcismo?
Uma vez que Bou-san perguntou, todo mundo começou a pensar.
Hey hey hey hey hey - isso, só eu sei.
- Já que você perguntou, parece que não foi você, Takigawa-san.
Sem perder o ritmo, Bou-san respondeu para Yasuhara.
- Certamente também não foi esse jovem.
- Se alguém como eu conseguisse fazer isso, não teria sido um problema para vocês também.
- De fato.
- Parece que também não foi Shibuya, que parece estar aparentemente bem.
Naru deu de ombros concordando. Masako falou.
- Não fui eu também, e eu acho que não foi Lin-san ou Brown, porque eu vi a luz do espírito de limpeza, por isso não foi um exorcismo, mas uma limpeza espiritual.
John assentiu. Depois disso, todos olharam para a Ayako.
- Eu? - Ayako apontou para si mesma, de olhos arregalados.
- Não fui eu! Não existem árvores sagradas que vivem próximas a este lugar.
Momentaneamente, todos se entreolharam.
Ne... Por que eles me deixaram de fora?
- ... Não sobrou ninguém. - Foi Yasuhara quem falou.
Ei! Não é verdade!
- Pode ser que a purificação ocorreu naturalmente, de alguma forma. - Quem disse esta frase que me deixou tão louca foi a Ayako.
- Tudo bem, está tudo acabado, vamos voltar!
Até Bou-san também!
Quando Bou-san caminhava na direção do carro ele passou por mim e acariciou minha cabeça, Ayako e Masako me deram um tapinha nas costas, John e Yasuhara sorriram; Lin-san também sorriu levemente.
Em seguida, Naru disse uma frase:
- Bom trabalho!
Bom... Está tudo bem. Mas, talvez seja só meu palpite, mas esse caso que encerramos... acho que o verdadeiro caso ainda está nos esperando.

Fim do capítulo 9 e das "Crianças desaparecidas"!
 

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Volume 8 - Capítulo 9 - Parte 3


 Parte 3

- Juntos? - Foi a criança que segurava a minha mão que falou.
- Sim. Qual é seu nome?
- Sugiura Ayano.
Ayano endireitou as costas, ele levantou-se sem que eu percebesse. A mão antes fina, tinha virado um pouco cheinha, e senti que estava mais suave.
- Ayano-chan, você ama seu pai?
- Sim, eu amo!
- Você ama sua mãe?
- Muito!
- Eu também amo os meus amigos, você também?
- Eu também...
- É. Você ama sensei também?
- Eu o amo muito!
Eu sorri.
- Porque sensei é um professor gentil e bom, certo?
- É!
Eu conseguia ver o rosto de uma menina sobreposta ao espírito.
- Mas ele é muito assustador quando ele fica irritado!
- Mas sensei sabe como fazer as barras horizontais!
- Mas ele é desafinado!
Eu sorri, e olhou para as crianças na sala de aula.
- Todo mundo adora o sensei, certo?
Imediatamente todos responderam em uníssono: nós amamos sensei!
- Se sensei desaparecesse, vocês se sentiriam solitário, certo? Vocês não querem que isso aconteça, certo?
Os rostinhos assentiram.
- Existem pessoas que também se sentem assim. Todas as crianças que vieram para cá como estudantes transferidos também.
Todo mundo ficou em silêncio.
- Todo mundo trouxe as crianças aqui por causa da solidão, né? Mas as crianças que foram trazidas para cá também tem professores a quem amam. Portanto, não façam mais isso.
As crianças estavam sentadas em seus lugares, a sala de aula cheia de luar.
- Porque eu tenho os meus companheiros, apesar de não ter mais os meus pais por perto, eu não me sinto solitária. Vocês todos estão aqui com Kirishima sensei e se tornaram uma classe. Vocês estão sozinhos?
- De jeito nenhum!
Ouvindo aquela voz, eu me virei. Foi Tsumura.
Acariciei sua cabeça.
- Você é realmente incrível. Porque Tsumura é um menino esperto!
- É! - Tsumura sorriu. Olhei para Kirishima sensei. Eu não via mais a aparência de um fantasma, apenas um homem de cabeça baixa.
- Todos realmente te amam muito, sensei.
- ...
- Seu amado sensei existe nesse mundo, e esse mundo existe para vocês por causa do amor do sensei por vocês. E isso é uma coisa incrível! Não é assim?
- Sim!
Sensei ficou em silêncio por um longo tempo antes de dizer uma única linha:
- .... Talvez eu esteja fazendo uma coisa terrível.
- ... Sim.
Quando eu balancei a cabeça, uma luz brilhou atrás de mim. Virei-me e uma luz clara brilhava através da fenda entre as portas. Abri a porta. Era tão brilhante quanto o dia.
Fora da porta não era o corredor, mas um campo; com uma grama verdinha, suave, que se estendia infinitamente, a luz clara brilhava a partir dos céus.
Waah! - Eu ouvi as exclamações das crianças.
Sensei olhou para fora, depois ao redor da sala de aula.
- Crianças, você querem fazer uma viagem para o campo?
Era um barulho de alegria.
- Mas... Eu não quero ir de ônibus até lá. - Mariko falou, inquieta.
- Não, não vamos tomar um ônibus. Vamos caminhando até lá!
Kirishima-sensei sorriu enquanto caminhava em direção à porta. Eu silenciosamente fui para o espaço vazio ao lado.
Sensei situou-se na lateral da porta.
- Estamos indo. As crianças mais novas devem segurar nas mãos das crianças mais velhas. Prestem atenção para não se perderem.
- Eba! - as crianças comemoravam felizes.
Sensei olhou para eles, e então ele estendeu a mão para Ayano, que não soltava a minha mão.
- Ayano chan, é hora de ir também!
- Sim!
Ayano largou a minha mão e segurou a do sensei. Ela deu alguns passos, em seguida, virou-se e acenou para mim.
- Nee-san, bye bye!
- Bye bye!
Kirishima sensei acenou para mim, então, segurando a mão da Ayano, saiu da sala de aula.
A porta se fechou. - Eu era a única que restava na sala de aula.
Apenas a poeira que cobria piso, cadeiras e mesas foram deixados na sala de aula vazia inundado com a luz azul pálido da lua.
Eu chorei... Mas não eram definitivamente lágrimas de tristeza.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Volume 8 - Capítulo 9 - Parte 2


Parte 2

Depois de entrar na sala de aula, eu vi um bando de crianças: um grupo sentado de frente para a mesa, outro grupo reunido na parte de trás da sala de aula, e algumas crianças andando pela sala de aula. Havia muitas, muitas crianças. Era como se eu tivesse realmente entrado em uma sala de aula durante o recreio.
Sentado à mesa em cima do tablado havia uma sombra muito grande... Aproximadamente do tamanho de um adulto. Como um demônio sem chifres, sensei se levantou. Ele apenas ficou lá, imóvel, e olhou para mim sem emitir nenhum som.
- Sobre o que aconteceu agora, me desculpe.
Baixei a cabeça suavemente para sensei, depois que eu olhei em direção às crianças que olhavam para mim.
- Sinto muito!
Dizendo isso, eu olhava ao redor da sala de aula.
- Agora pouco, eu disse algo imperdoável, eu estou realmente muito triste. Mas eu ainda tenho que dizer isto: por favor, não procurem mais amigos!
Sensei deu um passo adiante. Olhei diretamente para sensei, que estava olhando para mim.
- Por favor, devolva os meus companheiros para mim!
Eu dei um passo para frente, diminuindo a distância entre nós.
- Assim como sensei valoriza os sentimentos de todos, eu valorizo meus companheiros.
Olhei para as crianças e continuei:
- Assim como todos gostam do sensei, eu também gosto dos meus companheiros... Eu amo meus amigos muito também!
Naru e Lin-san, Ayako e Masako; Bou-san e John, bem como Yasuhara. Por acaso nos encontramos e muitas coisas aconteceram, coisas que permitem uma pessoa sentir calor e conforto.
- ... Vocês sabem, um deles se chama Naru! Embora Naru pareça ser muito frio, na realidade, às vezes ele é muito gentil. E ele também sabe fazer mágica. Por causa disso, eu acho que eu comecei a compreender ele melhor.
Num piscar de olhos, um raio de luz brilhou na sala de aula. Embora fosse apenas o luar, para mim era um incentivo.
- E há o Lin-san. Embora ele seja um homem fechadão, de poucas palavras, ele é realmente uma pessoa muito gentil. Mesmo ele sendo desse tipo, ainda sorri para mim algumas vezes. Eu me sinto como se eu tivesse sido aceita por ele. Eu sinto que este é um bom começo, isso realmente me faz muito feliz.
Mesmo que o número de vezes que ele sorriu para mim pode ser contado em uma mão...
- E por falar em pessoas fechadas, Masako também era assim, suas palavras eram sempre cheias de espinhos. Mas ela é realmente uma pessoa muito confiável, muito capaz, mas ela ainda é mal humorada. Porque eu sou como uma criança selvagem, que eu sempre quis ser feminina como Masako. É por isso que eu estou realmente muito feliz por ser amiga dela. É... Minhas primeiras impressões de Bou-san e Ayako também não foram boas, mas na realidade todos eles são pessoas muito legais.
Realmente, pensando nisso, praticamente todas as primeiras impressões feitas só pelas aparências de todos não foram muito boas.
- Ayako é um pouco mandona, mas ela realmente é uma pessoa que gosta de cuidar dos outros. Quando você precisa, pode contar com ela. Ela me lembra a minha falecida mãe. Apesar de que minha mãe não era tão barulhenta...
- Toda vez que eu falo com a Ayako, eu me encho de energia, é por isso que eu amo a Ayako. Bou-san me dá sermões como um pai, e também me faz sentir muito feliz. Ele tem mãos grandes e sempre as usa para bagunçar meu cabelo. Realmente, eu o amo muito, muito mesmo. Mas isso é segredo, tá?!
Se ele soubesse ficaria feliz até demais.
- John tem um estranho sotaque Kansai. Ele é uma pessoa muito tranquila, muito consciente e muito honesto. E sempre tem um olhar gentil. Isso e várias outras coisas fazem dele uma pessoa incrível. Eu também adoro personalidade otimista do Yasuhara, sempre que estou perto dele ele me faz esquecer os eventos infelizes. Não importa quão grave são as circunstâncias, quando eu ouço os diálogos cômicos do Yasuhara com Bou-san, eu tenho a sensação de que tudo vai dar certo.
Minhas lembranças deles estavam formando luzes claras e aconchegantes. Naru estava certo.
- É por isso que, eu espero que vocês devolvam todos para mim. Eles são muito importantes para mim! Eu amo estar com todos! Eu quero estar com eles, sair desta escola juntos e voltar para Tóquio juntos. Apesar de estarmos fechando os escritórios, não é como se nunca mais nos encontraremos novamente.
Neste ponto, eu sorri constrangida.
- Sim, eu acho, talvez eu não os encontre novamente. Com o escritório fechado, se eu falar que eu quero continuar amiga deles, todo mundo pode rir de mim... Mas eu acho que eles não vão fazer isso.
- Todo mundo me trata muito bem. Mesmo agora, eles ainda estão me protegendo. Eu também estou tentando fazer o meu melhor para todos.
Kirishima-sensei olhou para mim.
Todas as crianças olhavam para mim.
- Portanto, devolva todos para mim! E por favor não continem com esse tipo de coisa.
Alguém puxou minha mão suavemente; só então eu me lembrei que uma das crianças segurava a minha mão. Depois de ter me acostumado com a luz da lua, meus olhos podiam ver claramente: as crianças realmente não pareciam humanas.
O espírito segurando a minha mão olhou para mim, eu sorri.
- Acho que os amigos que vocês trouxeram aqui definitivamente tem pessoas como eu, a quem eles são importantes. Como eu, eles têm pessoas que os amam muito. Não poder estar junto das pessoas que você ama é muito triste e solitário. Portanto, eu quero ficar junto com os meus amigos!
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