sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Volume 4 - Prólogo

Oi, Meu nome é Arine-san e com a permissão da Susi vou começar a postar a tradução do Volume 4 de Ghost Hunt. Muito obrigada pela oportunidade Susi.

Então aqui vai o Prólogo.


Volume 4 – Solitários Espíritos do Mal

Prólogo


"Hu..."

Eu não pude evitar suspirar alto ao abrir o jornal e olhar as manchetes, enquanto apoiava meu queixo nas mãos.

Na terceira página do jornal, uma manchete em negrito anunciava: “35 Estudantes sofrem de Histeria em Massa”.

Esse incidente ocorreu no dia anterior num colégio público em Chiba. Aparentemente um estudante reclamou durante a aula, que seu pé tinha sido mordido por um cachorro preto que não podia ser visto a olho nu. Isso causou uma grande confusão.

"Ah..."

Eu sou Taniyama Mai, uma estudante de dezesseis anos. Embora isso seja de conhecimento geral, eu sou uma estudante comum e correta (isso é verdade!) eu só tenho um trabalho de meio expediente estranho. E é nesse trabalho estranho que eu estou lendo os jornais – “Shibuya Psych Research”.

Localizado em um escritório em Shibuya, Tóquio, “Shibuya Psychic Research” é uma empresa que investiga incidentes paranormais. Isso é, nós investigamos fantasmas e super poderes, e outros fenômenos sobrenaturais.

Trabalhando num lugar como esse, há momentos em que eu tenho que trabalhar em casas assombradas. É claro que, todos deveriam experimentar tudo que puderem na vida. Como conhecer fantasmas, e fazer amizade com garotas com poderes psíquicos, para citar algumas.

Entretanto, mesmo para alguém tão vivido quanto eu, o artigo ainda me interessou.

Enquanto eu estava relendo o artigo pela centésima vez, Chiaki, uma veterana, me interrompeu.

"EEEE aí, Mai?" Disse Chiaki, levantando a cabeça de seu livro e olhando para mim.

Kasai Chiaki tem dezoito anos – e é uma estudante num colégio para garotas com poderes psíquicos em Tóquio. Apesar de ela ser habilidosa em dobrar colheres, era um pouco depressiva. Para se livrar de sua depressão, ela se submeteu a um treinamento no "Shibuya Psychic Research".

"O que aconteceu?"

Em resposta à pergunta dela, eu mostrei o artigo interessante.

"Olha isso. Fala daquele Colégio Ryokuryou de novo."

Colégio Ryokuryou. Um colégio que apareceu muito nos jornais na semana passada.

"Eles de novo? O que aconteceu dessa vez?"

"Eles dizem que alguém foi mordido por um cachorro preto e causou confusão numa sala de aula."

"Cachorro?"

"É. Embora o professor não tenha visto ele, os estudantes afirmam que foram mordidos e causaram uma balbúrdia. Além disso, entre aqueles que afirmavam terem sido mordidos, alguns tinham, o que pareciam ser ferimentos causados por uma mordida de cachorro ou algo similar."

"Ah... E a causa?"

"Foi explicado como histeria em massa. 'Nós acreditamos que devido à recente série de ocorrências inexplicáveis na mesma escola, alguns estudantes agitados tiveram uma leve histeria, e espalharam essa histeria para outros estudantes. ' É o que eles dizem."

"Mas, ninguém foi prejudicado? O que significa isso?"

"Não foi explicado."

"Esqueça isso. Isso é algo comum."

Dentro de um mês, o Colégio Ryokuryou esteve nos jornais mais quatro vezes.

"Qual foi o primeiro incidente?"

"Absentismo em massa."

O primeiro incidente foi: todas as garotas de certa turma afirmaram que havia fantasmas e se recusaram a ir à escola.

A próxima reportagem foi sobre envenenamento em massa. Cerca de metade dos alunos de uma turma, de repente, se sentiram enjoados e indispostos. Embora parecesse um envenenamento alimentar, a conclusão foi que não era. A verdadeira razão pra esse incidente ainda é desconhecida.

Chiaki rolou seus olhos.

"Eh... E o próximo incidente foi incêndios em salas fechadas?"

"É como você diz. Desde o outono, houve uma série de incêndios nas salas fechadas do fundamental. Quando a história vazou, rapidamente publicaram nos jornais. "

"Não eram incêndios culposos?"

"Sobre isso, dizem que os professores tomavam conta. Eles até colocaram trancas nas portas. Ninguém deveria conseguir entrar, mas os incêndios continuaram a acontecer."

Enquanto eu dizia isso, peguei uma tesoura para cortar a notícia problemática. Enquanto cortava, continuei,

“E a próxima ocorrência foi os quarto incidentes sobre exorcismo”.

"Os estudantes pensaram que tinha alguma coisa assombrando a escola, e tentaram um exorcismo." Chiaki contava em seus dedos.

"Algum tempo atrás, houve um estudante que cometeu suicídio."

"É, num período de nove meses atrás, teve um estudante que cometeu suicídio. Aparentemente, os alunos acreditam que o espírito desse estudante estava assombrando a escola. Eles se reuniram no fundamental para exorcizar o espírito, mas os professores os impediram. No final, o exorcismo virou uma briga."

"Então, esse é o quinto incidente?"

Chiaki olhou para os meus recortes. Nesse momento, alguém falou atrás de nós, repentinamente.

"Que quinto incidente?"

Quando nós olhamos para a porta, de onde a voz veio, vimos Taka tirando seu casaco.

Taka, cujo nome complete é Takahashi Yuuko, tem dezessete anos, uma veterana de uma turma mais nova que a de Chikai. Embora nós tenhamos encontrado ela pela primeira vez quando ela pediu a ajuda do "Shibuya Psychic Research", recentemente ela está fazendo alguns trabalhos estranhos aqui.

Taka se apressou e olhou para os itens em nossas mãos.

"O que é isso?"

Chiaki mostrou os recortes de jornal para Taka.

"Colégio Ryokuryou. Outro incidente aconteceu."

"Eles de novo? Incrível!"

Eu concordei com as palavras de Taka.

"Você acha? Se esse é o caso, então isso é inacreditável mesmo."

"Exatamente."

Chiaki estava chocada.

"Inacreditável?"

Eu assenti.

"Por causa desse suposto incidente inexplicável…"

"Ou melhor, estranha ocorrência..."

"Pra ser mais exato, fenômeno paranormal. Esse tipo de coisa tende a não ser muito discutido em público, e acontece sem ninguém notar. Vocês não acham?"

"Sim. Como com o incidente que aconteceu na nossa escola – no fim não foi tornado de conhecimento público."

"É. Mas pra eles, a manchete está impressa de forma ousada nos jornais."

"E eles ainda estão nos noticiários da televisão."

"É realmente inacreditável."

"Sim."

Chiaki olhou para nós, desistindo de argumentar comigo e Taka, que estava assentindo em concordância.

"... é assim mesmo."

"É exatamente assim."

Ainda sacudindo a cabeça, Taka agarrou minha caneca.

"Por favor!"

"Esqueça."

Dizendo isso, eu terminei de beber a água que restava na caneca.

"Entretanto, o chefe não está interessado. Um incidente grande como esse é uma oportunidade de nos tornar famosos da noite para o dia."

Chiaki e eu estávamos chocadas com as palavras de Taka.

"... Por que você diz isso?"

"Ah? Você não ouviu isso do chefe?"

Eu não tinha ouvido nada sobre isso – nada dessa natureza.

"Ele veio ontem – o diretor do Colégio Ryokuryou."

O quê?!

"He, he..." riu Taka.

"O fato é, nossa empresa é famosa entre a comunidade educacional. Apenas preste atenção nisso: nós não resolvemos casos tanto na escola de Mai quanto na minha? Logo, ele veio com uma solicitação."

Oh... Então foi assim.

Suspiro... Porque eu tive que fazer algo na escola ontem, eu pedi licença do trabalho, e lamentavelmente perdi esse acontecimento. Eu, pelo menos, queria ver o rosto do diretor… Embora isso não importe realmente.

Chiaki sussurrou,

"E então, o que aconteceu? Ele foi recusado?"

"É. Foi uma rejeição imediata. O chefe disse que não gostava de incidentes de grande publicidade."

Isso era um desperdício.

Chiaki pensava o mesmo.

"É lamentável ele ter feito isso."

"Exatamente. Se nós resolvermos um grande caso, a empresa iria disparar para a fama instantânea. Nós seríamos entrevistadas pela mídia e outras coisas."

"O chefe também seria uma celebridade instantânea."

"Sim. O chefe é realmente bonito, então é provável que ele fosse ter um fã-clube."

... Como... Como se isso fosse acontecer. Não… Eu não estou certa sobre isso. De qualquer forma, ele só é bonito na aparência. A personalidade dele é realmente terrível.

Enquanto isso passava pela minha mente, Taka e Chiaki olharam para mim significativamente.

"...o quê?!"

"Ótimo, ele rejeitou o diretor." Taka declarou o fato de maneira delicada.

"Sim, sim. Desse jeito nós não vamos conseguir nenhuma nova rival."

Até Chiaki era uma.

Não vamos falar mais sobre isso – a pessoa em questão está na sala ao lado – o que nós faremos se ele ouvir sem querer?

O chefe do "Shibuya Psychic Research", Shibuya Kazuya, surpreendentemente tem dezessete anos. Mesmo sendo muito jovem, ele tem um escritório de classe alta no maior bairro de empresas. Ele é bonito e talentoso, e é tão narcisista, que nem Buda iria descalço para conhecê-lo. Eu o chamo pelo apelido de Naru.

Além disso, tem uma mulher (Eu não devo revelar o nome dela, para preservar sua reputação) que pediu para sair com ele; a quem aquele bastardo respondeu: "Eu realmente sinto muito, mas eu estou acostumado a me olha no espelho." Isso é, "Eu estou acostumado a ver tanta beleza no meu próprio reflexo, que eu não vou sair com alguém do seu tipo.”.

Sem brincadeira. Se eu fosse a pessoa que recebeu essa resposta, até o suicídio seria uma opção viável. – Algumas vezes eu penso profundamente sobre essa situação.

Alguém abriu a porta do escritório. Na entrada estava parado, um garoto da minha idade. De forma sincera, para aqueles que o receberam, ele disse, com grande dificuldade, "Eu sou Yasuhara do Colégio Ryokuryou."

Quando ele viu o homem bonito que vindo do escritório do chefe, Yasuhara ficou realmente chocado. Não importa, isso é uma coisa comum. De todos os clientes desse dia, Yasuhara foi o que se recuperou do choque mais rápido.

Com uma expressão ansiosa, Yasuhara se curvou (*cumprimento japonês) para Naru que estava sentado do outro lado.

"Eu sou o presidente do conselho estudantil do Colégio Ryokuryou, Yasuhara Osamu. Isto -"

Ele pegou um monte de papéis de sua mochila e entregou a Naru.

"Eu coletei uma petição entre os estudantes. Eu represento todo o corpo estudantil para pedir um favor a você."

Yasuhara dobrou seu corpo alto e se curvou profundamente para Naru.

"Por favor, aceite a solicitação de nosso diretor."

Naru pegou a petição e colocou-a sobre a mesa. Com os dedos pálidos apertados, ele descansou a mão sobre o joelho.

"Com relação a essa situação, eu já recusei seu diretor ontem." Yasuhara olhou diretamente para Naru.

"Eu sei. Eu já sabia de sua rejeição. Mas mesmo assim, eu gostaria de pedir a sua ajuda." Yasuhara disse sério.

"Como você sabe, a situação na escola é realmente séria. Mas o que mais assusta todo mundo é a atenção da mídia. No começo era só um rumor estranho; Agora a situação mudou tanto que pessoas estão se machucando. Se isso continuar, quem sabe o que pode acontecer. Por favor, nos ajude."

Naru pensou por um momento, e respondeu,

"Para dizer a verdade, eu estou muito interessado na situação do Colégio Ryokuryou. Mas eu preferiria evitar a atenção da mídia."

"Eu entendo aonde você quer chegar. Agora mesmo, eu sou um dos que estão tendo problemas com isso. Portanto, eu espero, de verdade, que essa situação possa ser resolvida o mais rápido possível. Atualmente, horríveis rumores estão percorrendo toda a escola. Todos nos sentimos inquietos e inseguros, e a atmosfera é sombria. Essa petição…”.

Yasuhara olhou a petição sobre a mesa.

"Isto foi coletado essa manhã, entre o período em que ouvi sobre sua recusa e a hora em que sai da escola para pedir que você reconsiderasse. Só levou metade de um dia. E apesar do pouco tempo, nós recolhemos muitas assinaturas."

Dito isso, ele se curvou novamente.

"Nós realmente precisamos da sua ajuda. Por favor – você precisa nos ajudar."

Naru pensava profundamente.

Eu fiquei do lado, ansiosa; concordar em ajudar resolveria tudo. Entretanto, eu permaneci quieta. Naru não era o tipo que ouviria a mim ou a qualquer um e mudaria de ideia.

Naru fechou seus olhos pretos e pensou no caso sem se mover; Yasuhara observava Naru quieto. Logo, Naru abriu os olhos e se virou para mim.

"Mai, ligue para o Colégio Ryokuryou."

Meu coração voou de felicidade.

"Diga ao diretor que se ele ainda não escolheu um investigador substituto, nós aceitaremos sua solicitação..."

Sim! É assim que se fala!

*Obs: No nome de Chiaki, Mai geralmente inclui a expressão senpai, que significa veterano. Omiti isso para que não ficasse redundante.

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Bom, novamente quero agradecer a oportunidade, Susi. Bjaoo...


 

 

2 comentários:

  1. Eeeh! Bem vinda Aline!!!
    Eu que agradeço por você estar ajudando a completar a tradução do GH!!
    Bjs Susi

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