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Quando a porta abriu, presidente do conselho
estudantil Yasuhara, estava lá, esperando por nós.
Ele levantou ao ver Naru.
"Estive esperando por muito tempo."
Naru assentiu cumprimentando Yasuhara. Matsuyama falou.
"Yasuhara, você não precisa estar em classe?"
"O tempo de aula do terceiro ano reduziu
bastante."
Nossa, então Yasuhara está no terceiro ano. É
raro um estudante continuar presidente do conselho no ultimo mês de seu
terceiro ano.
"Sem problemas nos exames?"
"Por favor, não se preocupe."
Yasuhara estava claramente forçando sua expressão.
Parecendo levemente mudar de ideia, Matsuyama
sentou pesadamente na cadeira.
"E agora? O que vocês fazem primeiro?"
Ele olhou para nós de forma sarcástica.
"Começar um incêndio, e depois cânticos da
Bíblia?"
Os cantos dos lábios de Matsuyama levantaram-se
um pouco sugerindo um sorriso afetado. Ele é um cara realmente irritante.
Nós ignoramos a presença de Matsuyama.
Para a pergunta de Bou-san, "Como devemos
começar nossa investigação agora?" Naru deu um olhar de relance em seu
relógio.
"Desse modo. Vamos começar procurando
estudantes que se envolveram nos vários incidentes para entender a situação."
Depois de dizer isso, Naru se voltou para mim e
continuou.
"Ignore os casos dos pequenos incêndios. Vá
e procure por estudantes envolvidos nos outros três incidentes."
Como eu vou encontrá-los?
Antes que eu pudesse responder, Yasuhara interferiu.
"Deixe que eu faça isso."
"Isso seria muito mais rápido. Obrigado."
"Claro."
Matsuyama sentado na cadeira, observava enquanto
falávamos.
Naru fez uma leve reverência a Matsuyama.
"Muito obrigado por sua ajuda. O Senhor já
pode retornar ao seu escritório. Não precisamos de assistência adicional."
"Isso não vai acontecer. É meu trabalho
controlar os estudantes.
"Esses supostos estudantes não devem deixar
o campo de visão do professor."
A expressão de Yasuhara endureceu com raiva.
Naru, ainda sem expressão, calmamente continuou.
"Qualquer um envolvido nesses incidentes é
considerado nosso cliente. Precisamos manter a privacidade de nossos clientes."
"Crianças têm alguma privacidade para falar?"
Claro que têm!
Eu não podia evitar que minha raiva aumentasse.
Naru permaneceu calmo do início ao fim.
"Apesar da idade, clientes são clientes. Agora,
por favor, saia."
"Você quer dizer que minha presença vai
atrapalhar você?"
Tio, quem você pensa que é, seu bastardo.
Bou-san disse com raiva, "O diretor disse
que teríamos liberdade para fazer nosso trabalho."
"Mesmo que seja liberdade, ela vai ser
limitada. Eu gostaria de ouvir o que vocês, autoproclamados psíquicos, estão
planejando com o pretexto de se misturar com nossos estudantes."
"Nesse caso, por favor, vá ao escritório do
diretor."
A resposta de Naru deixou Matsuyama
momentaneamente sem palavras.
Era verdade. Aquele que tinha nos contratado
sempre for a o diretor.
O rosto de vermelho de raiva. Ele esticou as
costas e parecia ter algo a dizer, mas apenas cerrou os lábios em desaprovação
e levantou. Deixando a sala de reuniões precipitadamente, dando seu ultimo tiro
ao atravessar a porta.
"Faça como quiser. O que quer que aconteça
no fim do dia é responsabilidade do diretor!"
Que palavras irresponsáveis!
O que poderia acontecer? Do que ele estava
falando?
Depois disso, Matsuyama bateu a porta com
violência o suficiente para sacudir as paredes, e saiu de cena.
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"Bastardo desprezível!!! Só porque ele é a escoria
da sociedade humana, ele olha para os outros como se pensasse que são iguais a
ele!" Eu não pude evitar gritar na direção em Matsuyama desaparecera.
"Professores, educadores; o que são
professores! Professores supostamente não deviam ser modelos para seus
estudantes?!"
Haaa. Haaa. Cara, o que eu mais odeio é esse tipo
de bastardo imoral, rude e tirânico.
Merda. Quando eu percebi, Yasuhara olhava para
mim, chocado.
Ah ah, Eu realmente estou com problemas agora.
E então, ele gorgolejou uma risada.
"Muito bem dito!"
Huh? Estou salva?
Bou-san soltou um suspiro de alívio.
"Não é como se quiséssemos ser amigos dele. Por
mim, eu estava esperando ansiosamente quando a língua venenosa de Naru se
apresentaria."
É, eu também.
Naru gentilmente encolheu seus ombros, usando sua
expressão reverente.
"É inútil pregar para um porco." Naru disse
com grande solenidade.
Ele é realmente, realmente incrível.
A verdade era que Naru também estava com raiva.
"Yasuhara-kun, se não for incômodo, gostaria
que trouxesse as pessoas envolvidas aqui. Você poderia mandá-las na ordem?"
"Sim. Deixe isso comigo."
Yasuhara concordou e saiu correndo da sala de reuniões.
As primeiras pessoas que Yasuhara trouxe foi um
grupo de garotas. Elas eram as garotas envolvidas com o absentismo em massa, da
turma 2-5.
"E a representante é?"
"Eu sou Okamura Kazumi."
Naru abriu seu caderno de anotações.
"Por favor, conte-nos como ocorreu o incidente."
Okamura-san sacudiu sua cabeça. Limpando a
garganta, ela disse: "Espíritos apareceram na sala de aula LL. Depois
disso, nós estávamos com medo e nos recusamos a assistir as aulas. Mesmo quando
falamos com o professor, simplesmente éramos repreendidas. Não havia outra
escolha para nós, exceto ir embora da escola."
Ela falou isso de maneira enérgica.
"Que tipo de espíritos apareceu na sala LL?"
"Era uma criança, um menino."
"Você, Okamura-san viu ele com seus próprios
olhos?"
"Eu o vi."
A resposta dela foi curta e grossa. Pobre
querida, o rosto dela estava ficando verde. Definitivamente, ela tinha
encontrado uma coisa muito assustadora.
"Começou com as vozes. Quando eu coloquei
pra tocar uma fita que tinha gravado, eu percebi que tinha um som que eu não
tinha escutado antes ao fundo. Pensei que parecia a voz de uma criança."
"Você podia ouvir o que ele dizia com
clareza?"
"Não. A voz era suave, não num nível em que
eu pudesse distinguir o que dizia. Em seguida..."
Ela fez uma pausa.
"Tinha alguém tocando minha perna."
Naru fez um sinal para que ela continuasse.
"Eu estava chocada e olhei para baixo.
Debaixo da mesa tinha um menino segurando minha perna."
Ela continuou apressada.
"Muito mal há espaço para uma criança
embaixo da mesa. Ainda que devesse ser assim, realmente tinha uma criança ali,
ajoelhada embaixo da mesa. Mesmo agora, eu me lembro como ele parecia. Um
menino, com cerca de seis anos, e ele tinha um sorriso no rosto que me causava
arrepios!
"Finalmente começou o som de um choro.
"Eu estava chocada e pulei da cadeira
gritando. Logo que eu estava prestes a chamar o professor para informá-lo sobre
o menino, quando eu olhei de novo, ele já tinha desaparecido. O professor não
acreditou em mim, mas com certeza tinha alguém lá!"
Naru assentiu. Okamura-san relaxou ao perceber
que ele a compreendia.
Naru olhou para o resto das garotas.
"Tem mais alguém que viu o espírito?"
Todas as cinco garotas levantaram as mãos em
resposta.
Naru as questionou individualmente. Todas viveram
incidentes parecidos com o de Okamura-san.
"Além das pessoas aqui, tem mais alguém que
o viu?"
Naru perguntou. Okamura-san assentiu.
"Tem mais umas duas pessoas. Muitas outras
ouviram a voz."
"Quantas?"
Todas as garotas fizeram caretas. E, “provavelmente
todo mundo ouviu,” foi a resposta.
"E quanto a estudantes de outras turmas?"
"Eu conheço alguns que disseram ter visto;
parece haver mais pessoas que ouviram a voz."
Naru concordou.
Bou-san estava escrevendo alguma coisa com tinta
azul nas plantas do andar, que foram providenciadas pela escola.
Naru mostrou uma expressão pensativa antes de
continuar.
"Por fim, vocês ouviram sobre os outros
incidentes que aconteceram na escola?"
The
group looked at each other, and Okamura-san responded once again with a
hardened expression.
"Eles dizem que Sakauchi-kun apareceu na
escola."
"E esse Sakauchi-kun é?"
"Um estudante do primeiro ano que morreu em setembro."
Ah... Aquele aluno que cometeu suicídio... Um
assunto comum em histórias de fantasmas.
"Na escola, alguns pensam que alguém varreu
o passado; e alguma coisa apareceu na sala de aula. Depois… Recentemente, há
novas Sete Maravilhas..."
As outras garotas começaram a falar.
"É, isso esteve lá por eras. Os rumores
cresceram, não sobre isso, há novas histórias."
Uma das garotas começou a contar nos dedos.
"Primeiro, 'O Cofre Que Não Abre'. Seguido
de ‘A Modelo Humana Desmembrada’. E depois há ‘O Homem Que Pulou’. Um homem aparentemente
pulou do telhado da escola, mas se você olhar de perto não tem ninguém... A
próxima foi..."
"'O Velho na Fornalha', quando a tampa da
fornalha foi aberta, o rosto de um velho apareceu lá dentro. 'O Espelho
Revertido'."
"Oh, sim. O espelho do ginásio não mostra,
às vezes, o reflexo de objetos ao contrário?"
"E a 'A Sala de Geografia'? Quando limpavam
a sala, a lâmpada fluorescente caiu."
"Eh? E sobre 'Passos no Laboratório de
Química' é isso, não é?"
"E 'A Enfermaria'? A penúltima cama. De vez
em quando parece como se alguém tivesse passado a noite nela."
Todas relataram vários incidentes estranhos, e a
sala de reuniões ficou muito barulhenta.
Isto é, a tão chamada “Sete Impensáveis”, era, em
geral, mais do que sete dessas histórias de pescador. Tirando isso, a mudança
de direção da totalidade das histórias me deu um mau pressentimento. A planta
do andar em que Bou-san estava escrevendo, logo estava coberta de azul.
Naru tinha todos em silêncio agora.
"Obrigado a todas. Nós vamos investigar a
situação de forma apropriada."
*__*
ResponderExcluirCara, como eu disse outro dia, esse livro tem cara de Best seller. ñ sei MESMO pq a Ono-sensei ñ continuou. D: Chatiadíssima com ela.
Tbm me pergunto a mesma coisa. História excelente!
ExcluirPior que ela fica fazendo suspense se vai continuar ou não!!
ExcluirMas tenho esperanças que ela continue! Akumu no sumu ie começou a virar mangá ano passado (o livro é de 1994) então quem sabe não seja um esquenta pra sequência... A esperança é a última que morre, né?! rsrs