segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Volume 8 - Capítulo 13 - Parte 2


Parte 2

O que é isso?
Por um instante senti minha mente ficar em branco. Quando voltei a raciocinar, me virei para olhar para trás. Não havia mais ninguém.
Não tinha como ele estar atrás de mim. Afinal de contas, ele estava vindo em minha direção, na minha frente.
- Huh?
Exatamente como diz o ditado, senti como se a raposa tivesse pregado uma peça em mim.
- O que há de errado?
A pessoa que se aproximava parou na minha frente.

O cabelo preto e olhos negros. A figura toda de preto.
- ... Naru?
Ele olhou para mim interrogativamente. Eu estava confusa.
- Você é realmente o Naru, certo..?
- O que você está falando? Você está acordada?
- Sim... Eu não tenho certeza.
O que aconteceu?
- Quem que estava aqui até agora pouco?
Naru inclinou a cabeça ligeiramente para ouvir meus murmúrios.
- Alguém estava aqui?
Eu apontei atrás de mim onde não havia ninguém.
- Você. Eu estava falando com você até agora. Tenho certeza.
É isso mesmo. Não era um sonho. Eu não sou tão capaz a ponto de conseguir dormir em pé.
- Aqui perto de mim. O que... foi aquilo?
- Você estava delirando.
Fiquei irritada com o desprezo em sua voz.
- Eu não estava! Era como um dos meus sonhos usuais, mas que definitivamente não era um sonho!
- ...Sonhos usuais?
Ah. Ops ......!
Naru deu um passo se aproximando.
- O que você quer dizer?
Naru estava com uma expressão tão séria que eu não poderia tentar fazer uma piada para sair dessa.
- É... É apenas um sonho...
Ele deu um passo, chegando mais perto. Estávamos tão perto que se eu esticasse meu braço, eu seria capaz de tocá-lo. O tronco da árvore estava em minhas costas, senti que estava sendo encurralada.
- Como eu perguntei, que sonho?
- Isso não é da sua conta.
- Não parece não ser da minha conta!
A cor de seus olhos era tão profunda.
- Você quis dizer que eu estava lá?
- Isso não lhe diz respeito, certo?
- Eu não vejo isso não me dizer respeito.
- Não há necessidade de você se interessar tanto.
-Não há necessidade de esconder tanto, certo?
- Eu não estou escondendo...
Argh! Eu vou contar! Afinal, não dá para enrolá-lo.
- Sonhos... Com você!
Pronto, falei!
Eu percebi que meu rosto estava ficando vermelho pimentão. E ainda assim parecia confuso.
- Sobre mim?
- Sim, sobre você. São apenas sonhos. Talvez fruto da minha imaginação. São sonhos com um Naru agradável.
Embora o real não seja nem um pouco agradável, mas esse comentário sarcástico guardei pra mim.
- Agradável??
- Sim. Você sorri gentilmente. E seu jeito de conversar é agradável.
Não há como acreditar que o Naru dos meus sonhos é o seu subconsciente.
Naru olhou para mim com os olhos arregalados.
- ... E nós estávamos falando até agora?
- É isso mesmo. Algum problema com isso?
Eu me pergunto por que eu estou reagindo como se isso fosse uma discussão.
- Falando sobre o quê?
- Nada muito importante. Foi apenas um sonho... Obviamente, foi um sonho. Alguém que não sorri e que não joga conversa fora não procuraria por mim se não quisesse me mandar fazer alguma coisa.
Estou completamente confessando meus sentimentos, não é? Hahahah.
Agora vá em frente e ria o quanto quiser. Minha mão está pronta para bater nele. Um descarado, sangue frio, sem dúvida, não vai entender o meu inocente coração.
- O que você quer dizer com isso?
Naru parecia estar atordoado.
Eu não consegui evitar de me sentir exasperada pela sua pergunta.
O que eu quero dizer? Não é óbvio? Por que ele acha que eu estaria escondendo o fato de que ele aparecia nos meus sonhos?
- Você é estúpido? Você não entendeu?
- Eu não entendi.
Aaaahhhhh, como ele me irrita!
- Sim, eu tenho certeza! Eu sei que você é um cara frio, sem sangue ou lágrimas dentro de você. Mas, mesmo assim, não é da natureza humana pensar que em algum lugar completamente invisível há um pouco de gentileza em você?! Que com você sempre aparecendo nos meus sonhos, sempre sorrindo e sendo agradável, como se você realmente se importasse comigo... Sem dúvida isso tudo é fruto da minha imaginação. Mas, por ter esses sonhos, não posso deixar de pensar que talvez, no fundo, você realmente tenha sentimentos. E se o sonho se repete, é comum o coração de uma menina achar que seu espírito saiu para vir me ver!
Depois disso... Talvez esse insensível tenha entendido.
- ... Eu não consigo fazer viagem astral.
Huh...?
- Eu não posso fazer isso. Eu não tenho essa capacidade.
- Eu sei. Sem dúvida esse é o caso. É apenas o meu pensamento positivo.
- Não...
- Se você quer rir, então por que você não... Eh?
Reparei que o rosto normalmente pálido da pessoa com quem eu estava gritando estava mais branco ainda.
- Quando... Que começou?
Eu me sentia confusa.
- Desde quando? Você quer dizer os sonhos? Desde o início...
- ... Não sou eu.
Huh...?
- Não sou eu... É o Gene...
Eh? Quem?
Ele ergueu a mão pálida na testa como se estivesse lutando para não sentir tontura.
- Eugene...
- Não! Não importa que vocês são irmãos, eu sei! Era definitivamente você!
- Não. É Gene.
- Mas!
Não há com eu estar enganada. Porque era o Naru.
- Nós somos gêmeos.
Eh...?
- Se ficássemos inexpressivos, ninguém conseguia diferenciar... Ele é meu irmão mais velho gêmeo.
Ma... mas...
- Então... Gene ainda está neste mundo...
O olhar do Naru parecia perdido.

******

E mais revelações!!! Agora decididamente Naru é um grosso! rsrs Antes era perdoável pq nos sonhos ele era gentil, mas se não era ele nos sonhos... Então ele é 90% grosso! Só não é 100% pq na vez do truque da moeda ele foi bacana com a Mai!

E ter um Gene na minha vida não é exatamente bacana.... Pq o Gene está morto, só aparece em sonhos...

Acelerando nas traduções pq o final do ano está chegando! O tempo voa! Que horror!!

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