sexta-feira, 26 de julho de 2013

Volume 4 - Capítulo 2 - Parte 7 e 8



7

O sol havia se posto, e os arredores começaram a ficar escuros. O monge e John voltaram para a Sala de Reuniões.
Assim que entrou na sala o monge assoviou.
“Oh, Mai, está em seu próprio mundo com seu namorado? Quanta maturidade.”
Realmente. Quem é meu namorado?!
“Yasuhara-kun também é bem rápido. A juventude é ótima~:
Isso, ah…
“Takigawa-san, isso não é justo. Foi uma rara oportunidade que para nós termos uma conversa profunda.”
En!
Ao ouvir a resposta inteligente de Yasuhara, John bateu a cabeça no quadro branco. O monge, também, encarou Yasuhara com um sorrisinho.
“Eu gostaria que você tivesse mais consideração pelos sentimentos dos outros.”
Como se contasse um segredo, o monge colocou suas mãos nos ombros de Yasuhara.
“Meu jovem… Vamos conversar um pouco.”
“Sim.”
“Eu entendo seus sentimentos, mas você deve considerar a situação e o local.”
“Ah, certo. Da próxima vez, farei meu melhor.”
Isso… Isso…
“Você tem que considerar a atmosfera para esse tipo de coisa…”
Isso… Ei, ei?
Olhando fixamente para Yasuhara, o monge disse, “Você gosta da Mai?”
“Sim, eu gosto.”
… …
“Ah, mas também gosto de Shibuya-san. Ele é muito bonito!”
Gong. John bateu a cabeça no quadro branco de novo.
“Mas eu gosto de Takigawa-san ainda mais *coração*”
O monge olhou seriamente para Yasuhara pelo canto dos olhos.
“Meu jovem…”
“Sim?”
“Você, você está zombando de mim?”
“É claro *coração*”
Com um grito de “ai”, o monge o empurrou. Para escapar do golpe do monge, Yasuhara se colocou atrás da mesa.
“Não brinque com adultos!”
“Isso foi porque você estava querendo brincar com crianças.”
Sim, sim…
Sorrindo, Yasuhara serviu café para os dois.
“Como o trabalho está indo?”
O monge parecia ter recebido uma pergunta que ele não gostaria de responder.
“Não estou com vontade de responder à perguntas sobre o trabalho.”
“Não está indo bem?”
Em resposta à minha pergunta o monge simplesmente encolheu o pescoço. John fez uma marca na Sala de Geografia, onde a lâmpada fluorescente caiu durante a limpeza. Ele marcou-a fazendo um “J”. Isso significava que aquele lugar já havia sido exorcizado por John. Enquanto ele continuava marcando outros lugares, ele respondeu no lugar do monge.
“A quantidade é muito grande.”
A planta da escola estava no quadro branco. Lugares problemáticos foram marcados com números, e os lugares que foram exorcizados eram marcados em vermelho.
Depois de um dia inteiro, apenas um quinto tinha sido concluído.
“Qual é a situação com Masako?”
Dessa vez também não podemos contar com Masako?
O monge suspirou.
“Embora ela insista que embora não possa vê-los, mas pode definitivamente senti-los, eu não sei o que está acontecendo realmente.”
“Ei, o Naru não disse que no Japão a Masako é uma médium de nível um? Uma coisa desse tipo aconteceria com uma médium de primeira classe?”
“Tem razão…”
O monge gemeu dolorosamente.
“Masako é boa ao canalizar espíritos.”
“Canalizar espíritos?”
“Ah. Ela invoca um espírito e deixa que ele possua seu corpo. Então ela pode fazer profecias, e responder à perguntas. O que ela faz não é muito diferente de Kokkuri.”
“Ah, programas de televisão muitas vezes transmitem isso.”
“Aparentemente, ela já fez muito isso. Mas…” O monge parecia sentir dor. “Naru disse antes, ‘as únicas coisas que espíritos sabem, têm a ver com a morte’.”
Hmm.
“Nunca duvidei disso antes, mas quando Naru disse isso, pensei que devia ser o caso. Por exemplo, eu deixei Masako invocar o espírito do meu avô de volta do mundo dos mortos. Meu avô, possuindo Masako, não apenas sabia coisas que só meu avô e eu saberíamos, mas também respondeu minhas perguntas. ‘’Como vai ser minha sorte no amor?’ ‘Mais ou menos.’ Esse tipo de conversa.”
“Sim.”
“A conversa entre o espírito e eu foi assim, mas o que realmente acontece?”
Eu... Entendo. Isto é muito difícil. John entrou na conversa.
“Algum tempo atrás, me pediram ajuda para escrever um artigo. Há alguns pesquisadores que dizem que existe dois tipo de médiuns.”
“Dois tipos?”
“Sim. Médiuns reais e aqueles que têm Percepção Extra-Sensorial.”
O monge concordou.
“Ah, não tenho certeza, mas acho que já ouvi isso. Esse seria o Professor Davis.”
“Então você lembra. O que o Professor disse foi, que médiuns não precisam ter poderes psíquicos.”
“Ha?”
Eu não entendia a conversa deles por completo.
“É por isso… Digo; a médium pode invocar o espírito do meu avô, certo? O espírito do vovô pega o corpo da médium emprestado e diz coisas que só meu avô e eu sabemos. Algumas pessoas dizem, que o espírito do meu avô não precisava necessariamente possuir o corpo da médium.”
“Mas a médium não sabe coisas que só John e seu avô saberiam?”
“Sim. Mas pode não ser o espírito que conta ao médium. A médium pode ter PES (Percepção Extra-Sensorial)… Tem uma chance de que ela seja psicometrista.”
“Psico…? O que é isso?”
“Psicometrista. É uma pessoa com psicometria. Essa ‘psicometria’ é ser capaz de poder sentir a história ou eventos relevantes por meio de objetos. Por exemplo, você pega uma mala na rua. Um psicometrista poderia ver o passado e o futuro da mala; que tipo de pessoa o dono da male é, o que está fazendo agora, e o que vai fazer depois disso.”
“É assim?” Eu perguntei, e John assentiu.
“Sim. Exatamente. O próprio Professor Davis é um psicometrista, é por isso que ele criou essa teoria.”
“Esse Professor Davis, é aquela pessoa que tem psicocinese (PK)?”
“Sim. O Professor Oliver Davis. Ele era um pesquisador na SRP – Society of Psychical Research (Sociedade de Pesquisa Psíquica). Ele não apenas era um psicometrista, ele também podia usar PK e PES. O Professor Davis tinha um irmão chamado Eugene Davis, que era um médium. O Professor antes tinha mencionado que Eugene Davis era um puro médium. Embora Eugene não conhecesse a Alemanha, se ele invocasse um espírito alemão, ele falaria alemão; se fosse grego, ele falaria grego. Esse tipo de ocorrência é muito rara. Seria impossível a menos que um espírito o possuísse. Entretanto, entre os médiuns, há alguns que falam japonês, independente da nacionalidade do espírito invocado.”
Então o caso é esse…
“Não muito tempo atrás, eu vi um programa de Itako (uma médium espiritual da região nordeste do Japão) canalizando espíritos na televisão. Naquela vez Itako invocou Marilyn Monroe. Invocar a Monroe é engraçado, mas aquela Monroe podia falar até japonês. De qualquer forma, eu achei aquilo muito estranho e muito engraçado.”
“É?”
“Há alguns casos assim, mas por outro lado, também há médiuns como Eugene Davis, Rosemary Brown e Frederic Thompson.”
“Ha…?”
O monge explicou para não ficar de fora, “A senhora Brown compôs músicas com a ajuda de espíritos. Supostamente ela não tinha treinamento musical, mas podia fazer música através da invocação de espíritos. Dentre os espíritos invocados, estavam Beethoven e Chopin, e outros compositores, então algumas das músicas dela eram até no estilo de orquestras. As músicas eram completamente no estilo de vários compositores, e de uma perspective musical, elas pareciam ser muito bem aceitas.
“E quanto a Thompson, ele desenhava. Ele deixou o espírito de um pintor chamado Robert Swain Gifford possuir seu corpo, e deixou que ele desenhasse. Os desenhos eram todos de cenários, lugares que Gifford visitou quando estava vivo; além disso, eram lugares que ele tinha mencionado aos amigos que gostaria de desenhar. Agora, o mais inacreditável, Thompson não tinha visitado os locais, nem visto uma fotografia dos lugares. E é claro, a arte era totalmente no estilo de Gifford.”
“Ele…”
John concordou.
“Apesar disso tudo, entre os médiuns há aqueles que sobressaem respondendo perguntas ou fazendo previsões. O Professor Davis também disse uma vez, que ao invés de chamarmos eles de médiuns, devíamos chamar de pessoas com Percepção Extra-Sensorial. Pessoalmente, ele não acreditava que respostas e profecias eram passados, por meio de espíritos.”
“Hmm hmm”
“Então era assim.” O monge sussurrou.
“Masako seria considerada uma médium desse ultimo exemplo. Seja respondendo perguntas ou fazendo profecias, ela era excelente. Em outras palavras, ela era mais como uma psicometrista. Ela também disse que era mais fácil com espíritos com que tinha uma forte conexão.”
Yasuhara suspirou, parecendo preocupado.
“É realmente complicado.”
Por alguma razão, eu não podia relaxar.
“Isso eu sei... Mas o que exatamente está acontecendo? Isso mudou tanto a ponto de Masako não ter a habilidade de ver espíritos?”
“Não estou dizendo que ela é completamente incapaz disso. Mas se levarmos em consideração que ‘Masako pode ver espíritos’, é como se ela tivesse uma ‘visão clara’ por meio de um objeto, ou a escola... embora eu não esteja muito certo.”
Hmm~
“É por isso que Masako não precisa ser capaz de ver aqueles espíritos necessariamente. Agora mesmo, aqui, poderíamos estar cercados por espíritos que Masako não pode sentir.”
Entendo…
“Mai, você entende?”
“Ah… Estou ficando com dor de cabeça...”
O monge suspirou.
“Eu também. É porque estamos pensando em coisas inimagináveis.”
“Exato.”
“Portanto, Mai,” o monge olhou para mim.
“Você já sentiu alguma coisa?”
Eu?
Antes que eu pudesse responder, Yasuhara disse, do nada, “Ah, você não disse isso antes. Que o incêndio poderia ser na Sala de Vídeo ou algo assim.”
John e o monge viraram para me encarar.
Wu… Espere um minuto. Aquilo pode ter sido só um sonho.
“Mai?”
Como o monge insistia, eu contei o incidente, com dificuldade.
“Foi um sonho que tive quando cochilei.”
“E então?”
“Eu quis dizer…”
Tremendo de medo, eu descrevi o sonho. É claro que removi a parte em que Naru aparecia.
O monge ficou parado, com o rosto sério.
“Mai. Vá dormir. Vá dormir agora.”
“Ha?”
“Seus sonhos têm algum significado. Está coletando informações. Seja uma boa menina e vá para a cama.”
“É verdade. Mai-san, por favor, vá dormir.”
O que aconteceu? Até o John estava assim.
“Pode ter sido um simples sonho.”
“Isso é impossível. O exorcismo das alas com fechaduras especiais realmente foi feito por Hara-san e Matsuzaki-san.”
Uh?
“Ma… Mas, pode ser uma coincidência…”
“Sabe? Isso foi pesquisado por Charles Tart e outros: sonhos e PES tem uma conexão profunda.”
“Ha…”
“Em especial, naqueles que têm um sono profundo. Eles têm experiências com o fenômeno da PES depois.”
“Sim. Uma maneira mais certa de saber isso é o AdEC, Alteração Discreta do Estado de Consciências.”
Espere um minuto...
“Esse estado de dissociação de consciência é o mais forte, quando médiuns invocam, ou quando usuários de PES usam seus poderes de psicometria. Como Naru, você tem uma PES latente. Além disso, você descreveu a parte em que Ayako faz o exorcismo, corretamente. Seus sonhos definitivamente têm significado. Vá dormir.”
Não podia ser. Além disso, não podem parar de dizer essas palavras profundas, toda hora? Para começar, mesmo que me mandem dormir, não é fácil dormir assim!
“Esqueça isso.”
Foi Yasuhara quem disse.
“Mesmo que seja Taniyama-san, é difícil se forçar a fazer as coisas que os outros querem desse jeito.”
Exatamente. Exatamente.
“E ela não parece acreditar em suas próprias habilidades.”
Sim, sim.
“Não podemos depender da Masako. Nós estávamos apenas nos agarrando à esperança que você é Mai. Talvez, como a habilidade de Masako de ver espíritos, você não seja capaz de prever essa situação.”
“Está certo, quanto mais relatórios, melhor, está decidido.”
Mas…
“Hoje à noite vamos descobrir.”
Yasuhara disse, com certeza na voz.
“Hoje à noite, ou para ser mais exato, amanhã de manhã, se o incêndio acontecer, vamos saber exatamente o quanto podemos confiar nos sonhos de Taniyama-san. Se o incêndio acontecer na Sala de Vídeo, você vai poder ser capaz de acreditar em suas habilidades, Taniyama-san.”
En… Talvez…
“Se este for o caso, Taniyama-san vai nos ajudar a superar tudo isso.”
“Meu jovem, desde quando você começou a ser o auxiliar da Mai?”
“De agora em diante.”
Realmente… Vou seguir seus desejos então…
Ao escurecer, todos nos recolhemos, o monge e John explicaram a todos, a situação.
Embora eu esperasse isso desde o começo, Ayako e Masako me lançaram olhares frios. E contrastando a isso, Naru e Lin-san continuaram sem expressão.
Antes que Ayako pudesse usar sua lingual afiada, Naru ergueu suas mãos pedindo silêncio.
“Yasuhara-kun está certo. Só precisamos ver onde vai acontecer o incêndio para descobrir. Lin –“
Naru virou para Lin-san, que continuava a suas costas, esperando, como um espírito preso.
“Arrume o equipamento na Sala de Vídeo.”
Sério? Está tudo bem, acreditar no sonho que eu tive? Não vou me responsabilizar…
Com sentimentos confusos, eu arrumei o equipamento na Sala de Vídeo. Eu perguntei a Naru onde parecia suspeito, e ele disse, “ali”, com a confiança de um psíquico. Eu estava desconfiada, mas apesar disso, estava um pouco feliz. Mas se não houvesse incêndio, vou parecer uma idiota sorridente. “Tenho que fazer isso certo, dessa vez”, pensei comigo mesma.
Eu estava esperando ansiosa pelo amanhecer, para saber o resultado do experimento. Quando o céu clareou, pra ser mais exata, às 4:32:24 da manhã, chamas, de repente, jorraram de uma parede fria.
Era a Sala de Vídeo.

8

Estávamos fora da Sala de Vídeo naquela hora.
Como já era a hora de o incêndio acontecer, observamos a situação na sala, através do equipamento. É claro, que a Sala de Vídeo não era a única sob observação. Lin-san e John estavam do lado de fora da sala com fechaduras especiais, observando a situação lá.
Mas, o único lugar onde ocorreu um incêndio, foi a Sala de Vídeo.
Pelo monitor, Naru, o monge, Yasuhara e eu, vimos a parede incinerar com nossos próprios olhos. Do nada, chamas jorraram da parede da sala.
O incêndio era foi mais intenso que os registrados anteriormente. Num instante, o teto estava queimado, e o fogo se espalhou pela sala.
O monge e Yasuhara correram para a sala, carregando extintores de incêndio.
“Muito bem.”
O monge me aplaudiu. Eu comecei a me sentir muito perplexa.
“Eu entendi. O que devo fazer?” Para dizer a verdade, era isso que eu sentia. De agora em diante eles não pensariam que meus palpites podem estar certos? Talvez eu fosse prever as coisas corretamente, talvez não. O que vou fazer se o que eu previr não estiver certo?
Ao contrário de mim, que estava desesperada, Naru estava inexpressivo, e perguntou, “Quais os outros locais onde as luzes flutuantes estavam?”
“A Sala de Impressão, e a sala LL e…”
Minha voz ficou baixa enquanto eu lembrava as salas onde tinha visto as luzes flutuantes, no sonho.
Isso era um incidente incrível…
Logo a responsabilidade caiu sobre meus ombros. Atrapalharia todo mundo se eu desse uma informação falsa. Mesmo se eu não tivesse certeza de se o que disse era verdadeiro ou falso. O que eu devia fazer?
“Mai?” Olhando para mim, que estava em silêncio, Naru insistiu.
“A luz flutuante na enfermaria parecia maior. Mas isso pode ser só coincidência. As novas previsões podem não estar certas…”
As palavras margas de Naru cortaram minha resposta, duramente.
“Não tenho grandes esperanças em você.”
Som de alguém *Muito Triste*.
Não. É assim que tem que ser. Seria terrível se todos tivessem grandes expectativas em mim. Apesar de dizer isso, me senti muito sozinha, por dentro. Ah, o ser humano é muito complicado.
Falando em complicação, Masako e Ayako, que correram para a Sala de Vídeo, me olhavam com expressões muito estranhas. Deixando de lado Ayako, a confiante-sem-razão, eu podia entender os sentimentos de Masako.
Tendo sempre carregado tamanha responsabilidade. Se fosse eu, eu teria um pouco de confiança em mim mesma, se minhas previsões estivessem certas umas cem vezes. Mas, se quando minha confiança começasse a crescer, minhas previsões, de repente, não estivessem mais certas, e se ao invés disso Ayako ou outra pessoa previsse corretamente, eu estaria um pouco abalada.
Dessa vez não importava que tipo de comentários sarcásticos fariam, eu enfrentaria isso. Sim.
“Não pense muito nisso. Só faça o que faria normalmente. Se pensar muito, vai acabar sem conseguir fazer nada.”
“Ok…”
Eu movi meus olhos. A câmera parada no meio da Sala de Vídeo, capturou minha visão.
Embora o fogo, felizmente, tivesse sido extinguido, o equipamento montado lá era uma visão patética.
“Coitada…”
Eu passei a mão pela câmera que estava coberta de branco por conta do extintor.
“Ei, Naru, essa câmera está quebrada?”
Naru deu de ombros.
“Deveria estar arruinada. No mínimo, não vai poder ser ajustada.”
“Wa, que desperdício…”
A câmera era muito cara. Foi isso que eu ouvi.
Naru rispidamente disse, “Ela estava no seguro.”
Ah, então era assim? Isso é bom… Então… en?
“Naru. O que você disse?”
“En?”
“Você não disse que colocou ela ‘no seguro’, disse?”
Quando Naru e eu nos conhecemos, essa câmera cara teve uma participação. Naru disse para mim, que eu tinha quebrado a câmera acidentalmente, “Você vai pagar por ela? Se não, vai ter que trabalhar para mim.” O que foi isso? Ela já estava no seguro?”
Naru se fez de surdo e mudo.
“Você só queria alguém para ajudar e me enganou, seu bastardo~”
Frustrado, John abriu a boca para falar.
“Esqueça isso. Fique feliz por nada ter acontecido, no fim. Em… Embora isso seja, realmente, triste, Shibuya-san. É tão raro alguém presenciar um fogo que se inicial do nada; embora seja uma oportunidade incrível para fazer um vídeo, nessa bagunça o precioso vídeo também...”
A situação já era uma grande confusão, por isso continuar a discutir, não ia ajudar em nada. John provavelmente queria dizer algo assim. (John, como sempre, falava de forma confusa quando se sentia frustrado)
No entanto, dizendo isso, os olhos de John, os meus, e os de todos estavam fixados nas mãos de Naru. Algo preto e retangular. – Uma fita.
A fria voz do monge veio do lado.
“Este é um exemplo real, em que um rolo de fita é mais precioso que a vida humana.”
Esse, esse cara.
Naru virou para Lin-san.
“Lin, arrume o equipamento de novo.”
Abominável… Esse cientista absurdo!!
Eu não era a única a reagir mal àquele silêncio.

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